Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em Brasília

  • Por Jovem Pan e Agência Estado
  • 23/06/2016 07h23
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Brasil, Brasília, DF, 11/07/2013. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fala em audiência pública das comissões de Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia do Senado, em Brasília (DF). Bernardo citou alguns instrumentos para diminuir a vulnerabilidade do País a interceptações e monitoramentos realizados pelos órgãos de inteligência dos Estados Unidos. - Crédito:ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:138498 André Dusek / Estadão Conteúdo Paulo Bernardo

Foi deflagrado nesta quinta-feira (23) um desmembramento da Lava Jato, batizado de Operação Custo Brasil. A ação é comandada pela Polícia Federal de São Paulo.

O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso em Brasília. Ele, sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann, e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues, de Curitiba foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República em maio deste ano. Paulo Bernardo e Gleisi foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  Bernardo foi ministro do Planejamento do governo Lula, entre 2005 e 2011, e ministro das Comunicações do governo Dilma Rousseff, de 2011 a 2015.

O inquérito policial concluiu que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. O valor teria sido utilizado para custear as despesas da eleição dela ao Senado em 2010. A Procuradoria sustenta que o então ministro solicitou a quantia em favor da mulher diretamente ao engenheiro Paulo Roberto Costa, na época diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos articuladores do esquema de corrupção na estatal indicado pelo PP. Preso em 2014, Costa fez delação premiada.

O doleiro Alberto Youssef, que também fez delação, operacionalizou o pagamento. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o doleiro administrava o caixa de propinas do PP de onde saíram os valores em questão.

Diligências atuam em Curitiba, na residência de Gleisi Hoffmann, em São Bernardo do Campo e Brasília. Membros da Polícia Federal também estão no diretório do PT, no centro de São Paulo. 

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