Indústria de caminhões espera que setor volte a crescer em 2017

Fábrica da Mercedes-Benz

Indústria de caminhões espera que a crise atinja ponto mais baixo nos próximos meses para que setor comece a voltar a crescer em 2017. A comparação do primeiro semestre deste ano com o mesmo período do ano passado mostra queda de 31% no licenciamento de caminhões.

Os números são da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, que aponta uma projeção ruim para o fim do ano.

O diretor de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz, Ari de Carvalho, afirmou que as empresas enfrentam uma difícil relação custo-despesa.

“Se você pegar as tabelas de preço de 2009, são as mesmas coisas que a gente está praticando. O que mudou neste período foi o custo dos insumos, o custo variável e o custo fixo das empresas continuou aumentando de acordo com o aumento da inflação do País”, disse.

Por outro lado, as transportadoras pedem que as montadoras se reinventem, porque há hoje mais oferta de caminhão do que frete para transportar.

O presidente do Sindicato das Empresas do Setor em São Paulo, Tayguara Helou, disse ao repórter Tiago Muniz que é preciso atrair o investidor para novas aquisições: “essa é a hora das montadoras se reinventarem. Lançarem novos produtos e novos serviços”.

A indústria de caminhões registrou em 2011 o maior número de licenciamentos da história, com 168 mil unidades vendidas. No ano passado, o total foi de menos da metade: 70 mil.