Alta busca de estimulantes faz produto faltar em farmácias; médicos alertam para riscos

Remédios que atuam no cérebro para diminuir a impulsividade e aumentar o foco são utilizados geralmente para déficit de atenção e hiperatividade, mas o uso abusivo desses fármacos pode causar prejuízos à saúde

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2022 12h54
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Pexels/Pixabay cartelas de remédios Buscar os remédios que são distribuídos gratuitamente pelo Farmácia Popular pode ser uma alternativa para economizar

Os estimulantes são substâncias que aceleram ações no sistema nervoso central e tem sido utilizados sem prescrição médica por pessoas que desejam melhorar o rendimento em atividades que exigem longos períodos de concentração. Profissionais do mercado financeiro e empresarial têm adquirido os remédios para suportar longas jornadas de trabalho. Porém, o uso desenfreado desses medicamentos tem feito os produtos desaparecerem das prateleiras das farmácias e os poucos que são encontrados estão bem mais caros devido à alta demanda. Os remédios são utilizados geralmente para déficit de atenção e hiperatividade e atuam no cérebro para diminuir a impulsividade e aumentar o foco, mas o uso abusivo desses fármacos pode causar prejuízos à saúde. Em entrevista à Jovem Pan News, o médico e psicólogo Roberto Debski indicou os perigos de ingerir os remédios sem prescrição médica.

“Primeiro, a própria dependência. As pessoas costumam utilizar por bastante tempo os medicamentos. Rotineiramente e de uma maneira contínua ele pode trazer problemas. Como são medicamentos anfetamínicos e estimulantes, eles podem trazer alterações do ritmo cardíaco, da pressão arterial, problemas gastro-intestinais e problemas neurológicos e psiquiátricos. Uma pessoa que tenha pré-disposição pode desencadear um transtorno do pânico, ansiedade, alterações de sono e até mesmo uma crise psicótica se a pessoa tiver essa pré-disposição e não tenha consciência disso”, explicou o especialista. A comunidade científica alerta que psicoestimulantes sem indicação podem piorar o estado mental e agravam quadros de irritação. A recomendação é que um médico prescreva a droga correta e acompanhe o paciente no tratamento.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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