Augusto Aras vai ao Amazonas para acompanhar investigações de caso Bruno Pereira e Dom Phillips 

O procurador-geral da República vai se reunir com membros do MP, do Exército, da Polícia Federal e da Funai para discutir medidas conjuntas de reforço da presença e da atuação institucional na região amazônica

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2022 08h29 - Atualizado em 19/06/2022 08h35
DIDA SAMPAIO / ESTADÃO CONTEÚDO Augusto Aras discursa em cerimônia Augusto Aras, o procurador-Geral da República, estará na cidade de Tabatinga, no Amazonas

Augusto Aras, o procurador-geral da República, estará neste domingo, 19, na cidade de Tabatinga, no Amazonas, para acompanhar as investigações dos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, mortos no Vale do Javari, no início de junho. Ele vai se reunir com uma série de autoridades locais, como membros do Ministério Público do Estado, do Exército, da Polícia Federal e da Funai para discutir medidas conjuntas de reforço da presença e da atuação institucional na região amazônica. De acordo com a PGR, o objetivo é ampliar a articulação no Ministério Público Federal (MPF) com outros órgão públicos para combater a criminalidade e enfrentar violações à direitos indígenas e humanos. Aras será acompanhado de coordenadores das câmaras de populações indígenas e comunidades tradicionais e da câmara criminal do Ministério Público Federal, Eliana Torelli e Carlos Frederico. O procurador-federal dos direitos do cidadão, Carlos Alberto Vilhena, também estará presente.

No último sábado, 18, os restos mortais da dupla foram identificados pela Polícia Federal, que prendeu três homens pelo crime. A motivação, no entanto, ainda está sendo apurada pelas autoridades, que acreditam que o tráfico de drogas e a pesca ilegal na região podem ter relação. Apesar disso, a PF indica que não haja um mandante ou uma organização criminosa por trás dos assassinatos. Já a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava), que comunicou o desaparecimento de Dom e Bruno no dia 5 de junho, contesta a versão da Polícia Federal e afirma que um grupo criminoso e organizado atua na reserva do Javari. Além disso, o grupo diz que os irmãos Amarildo de Oliveira, o Pelado, e Oseney de Oliveira, o Dos Santos, presos pelos assassinatos, fazem parte da quadrilha.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor

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