Carlos Marun: Temer é um homem honrado e há um complô contra o governo

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2018 10h01 - Atualizado em 30/03/2018 10h17
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Wilson Dias/Agência Brasil Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, questionou a liberdade de Joseley Batista e Lúcio Funaro, delatores do presidente Temer

Após o estouro da Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer por conta do caso do Decreto dos Portos, o momento no Palácio do Planalto é de tensão. As informações são de que haverá uma nova denúncia contra Temer no STF.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que estão fazendo uma conspiração contra o governo do presidente Temer e classificou  a Operação da PF como uma escalada do autoritarismo. “O presidente é um homem honrado. Já conheço sua trajetória há muito tempo. O Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar. Nada foi encontrado para que possamos sinalizar o pagamento de propina. Agora se recua dez, vinte anos no tempo tentando encontrar alguma coisa para constranger o presidente da República”, declarou Marun.

“Pessoas estão sendo presas para depor numa escalada do autoritarismo. Vamos em frente e temos que governar o País. Toda vez que nos posicionamos politicamente levamos essa saraivada”, completou o aliado de Temer.

Questionado sobre a prisão dos amigos do presidente, Marun enfatizou que há situações para se justificar a prisão e não está lá para proteger ninguém que tenha “culpa no cartório”, porém o estado de direito exige que pessoas sejam presas ao final do processo. “Esse negócio de juntar 20 pessoas e colocar dentro da cadeia para ouvir depoimento não existe. O fato de alguém estar preso não é sinal de corrupção. O Wagner Rossi dirigiu o Porto de Santos há 20 anos, hoje está preso para prestar depoimento. Não sei se é por aí que vamos chegar a algum lugar. Mas o Joesley Batista está solto. O Funaro está solto. O Marcelo Miller está solto. Tudo isso é prova de uma atitude tendenciosa de quem comanda o processo judicial no Brasil”, criticou o ministro.

Marun ainda atacou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot e o ministro do STF, Edson Fachin por não ter cancelado o acordo de delação de Joesley Batista. “Muitas vezes a meia informação autoriza questionamentos como esse”, ratificou.

Já sobre a possibilidade de retornar à Câmara dos Deputados para solicitar de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, Marun reiterou que está redigindo o processo próprio punho, mas não concluiu por conta do tempo “assoberbado”.

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