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Cerca de 16% dos pacientes com Covid-19 apresentam complicações cardíacas

Ambulância diante do Hospital de Brasília

Coração acelerado e cansaço extremo: esses são alguns dos sintomas fazem parte da vida de Flaviane Barbosa desde agosto, quando contraiu ao coronavírus. Apesar de ter se recuperado da doença, até hoje, mais de quatro meses depois, ela ainda não conseguiu voltar à antiga rotina. “O meu cansaço não passa, eu estou trabalhando, eu faço um pouco de coisa e me sento. Na minha casa é o mesmo jeito, eu limpo um cômodo e tenho que sentar um pouco, porque me dá batedeira no coração. Na hora que eu levanto, se eu vou varrer a casa, meu coração dispara. Se vou andar de bicicleta meu coração dispara, não é normal, eu conheço o meu corpo. Não é pelo meu físico, eu acho que ele [corpo] ficou descompassado.”

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O problema de Flaviane não é incomum: levantamentos realizados por cientistas de todo o mundo calculam que até 16% dos pacientes com Covid-19 apresentam algum tipo de complicação cardíaca. A infecção pode ser um fator que piora uma doença cardíaca pré-existente, mas também pode ser um gatilho para o surgimento de uma enfermidade no peito em cerca de 12% dos pacientes. Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o médico Hélio Castello, explica que é comum que os sintomas como arritmia apareçam até 60 dias depois do paciente contrair a doença. “E pode ser independente da gravidade, ou seja, você poe pegar uma infecção por Covid extremamente grave, ficar na UTI e der a sorte de não acometer o coração e depois você sair bem recuperado. Mas você pode pegar um quadro mais brando, sem internação, mas causou um certo grau de inflação e dano ao coração que só vai notar a repercussão quando você for exigir do seu coração um esforço maior”, diz. O especialista recomenda que, após contrair o vírus, mesmo sem sintomas, os pacientes façam um check-up.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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