Com alta do dólar e falta de peças, venda de veículos importados despenca no Brasil

Apesar de não acreditar em um ano fácil, representantes do setor acreditam que 2022 trará oportunidades de fazer um bom trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2021 09h08
Caoa Chery/Divulgação carro Tiggo8, da Caoa Chery Mesmo com diminuição na venda dos importados, CAOA Cherry teve salto de produção de 68% sobre os 10 primeiros meses de 2020

As vendas de veículos importados registraram forte queda no Brasil em outubro: 14,6¨% com 1.597 unidades em relação a setembro e um recuo de 40% sobre outubro de 2020. O resultado reflete a alta desvalorização do real frente ao dólar e uma queda na produção internacional por falta de peças. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), João Oliveira, avalia as perspectivas para 2022, um ano marcado por eleições no Brasil. “Deve ter uma moeda o ano que vem fechando levemente mais desvalorizada do que este ano e sofrendo pressões pontuais durante o ano dependendo de como o processo político se desenrole. Isso certamente é mais uma pressão sobre o setor de importados do nosso país, é algo que a gente vai ter que tratar no ano que vem, junto às dificuldades de abastecimento que a gente tem também. Não deve ser um ano muito fácil para as nossas associadas, mas a gente acredita que assim mesmo vai ser possível fazer um bom trabalho no país, principalmente com a expectativa que a gente tem hoje de que as regras atuais de importação de híbridos e elétricos se mantenham para o próximo ano”, declarou. As 11 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores comercializaram 6.308 unidades com 4.711 veículos produzidos no Brasil. Com a soma dos importados, houve uma elevação de 2,6% sobre setembro de 2021. No acumulado do ano, os importados registram uma queda de 5% e a produção nacional, sobretudo da CAOA Cherry, soma 40 mil veículos, com salto de 68% sobre os 10 primeiros meses de 2020.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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