Conselho de Ética da Câmara pune Coronel Tadeu com advertência verbal

Em 2019, o deputado do PSL quebrou a placa de uma exposição sobre o Dia Nacional da Consciência Negra que denunciava violência policial contra negros

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2021 07h47 - Atualizado em 23/06/2021 11h35
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Luis Macedo/Câmara dos Deputados O deputado Coronel Tadeu Relator justificou que não houve crime de racismo por parte do deputado Coronel Tadeu, o que levou a pena mais branda

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados puniu com censura verbal o deputado federal Coronel Tadeu (PSL) por ter destruído uma charge que denunciava violência policial contra negros em uma exposição na Casa, em novembro de 2019 durante a semana da consciência negra. A maioria dos membros do colegiado acompanhou o parecer do relator do processo, deputado João Marcelo Souza (MDB), com a pena mais branda. Parlamentares oposicionistas pediram aumento da punição. O deputado Leo de Brito (PT) solicitou a suspensão de prerrogativas para que fosse dado exemplo a sociedade, pois segundo ele nunca houve atitude perecida na Câmara. “Nós, no Conselho de Ética, estou aqui desde 2015, já vi vários tipos de situação. Mas situação de um deputado federal chegar ao ponto de quebrar um painel que foi instituído pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados não vi, ainda não tinha visto uma situação como essa. Só o fato de quebrar já é alo realmente repugnante”, disse. O relator João Marcelo Souza justificou o seu voto argumentando que não houve crime de racismo por parte do deputado Coronel Tadeu. “Não houve, no meu entendimento e também dos consultores, o crime de racismo. Não ficou configurado, senão o relatório seria outro, vocês podem ter certeza disso. Mas não houve”, afirmou. O placar foi de 12 votos a 5 pela punição apenas com advertência verbal.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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