‘Críticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral não vão impactar as eleições de 2022’, diz senador

Carlos Viana acredita que apenas o diálogo com a população e o ‘sentimento de que o país melhorou’ podem influenciar no resultado do próximo pleito

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2021 09h47 - Atualizado em 12/08/2021 10h34
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Marcos Oliveira/Agência Senado Senador Carlos Viana (PSD-MG) concede entrevista Na visão de Carlos Viana, as declarações do presidente sobre as urnas eletrônicas não trarão qualquer impacto para as eleições

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, é contra a possibilidade de debater a PEC do voto impresso na Casa. Nesta quinta-feira, 11, o parlamentar afirmou que não cabe aos senadores discutirem a proposta, já rejeitada pelos deputados. A avaliação é que o Senado não tem essa função no Legislativo, já que a Câmara é a “casa do povo e lugar onde se discute” e delibera os temas, explica o senador Carlos Viana. Segundo ele, o assunto está superado e deve dar lugar a outros temas de interesse da população. “O governo tem que aceitar que foi derrotado. É hora do governo gastar tempo com o que se resolve. Não adianta levantar uma questão que não recebeu apoio. Recentemente encontrei com o presidente Jair Bolsonaro e coloquei que não há eleição perdida ou ganha, o eleitor tem que ser conquistado no que interessa”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan

Na visão de Carlos Viana, as declarações do presidente sobre a sua desconfiança das urnas eletrônicas não trarão qualquer impacto para as eleições de 2022. Para o parlamentar, o sentimento da população sobre a melhora do Brasil é o que pode influenciar no próximo pleito. “O que muda uma eleição são resultados na economia, diálogo com a população e o sentimento de todos de que o país melhorou. O presidente pode defender o discurso que ele quiser. Parece que expressar seu pensamento virou crime, a opinião tem que ser respeitada, a pessoa tem direito de se expressar. Ele dizer que não concorda não há crime algum”, afirmou o senador, que considera que a polarização no país impediu que tornassem o sistema eleitoral ainda mais “confiável, transparente e próximo da população”. ” Sabemos que a urna eletrônica funciona bem? Funciona. O que se estava questionando era o eleitor poder ter certeza se o seu voto foi computado. Com radicalismo, não conseguimos chegar a um acordo de um sistema bom que poderia ser melhorado.”

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