Em meio a incertezas do Brexit, 1º dia de aula de príncipe George é destaque em jornais britânicos

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 08/09/2017 09h43
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Reprodução/Facebook/The Royal Family O menino de quatro anos chegou à pré-escola nesta quinta-feira (07) acompanhado apenas pelo pai, já que a mãe, Kate, está sofrendo com fortes enjoos causados pela terceira gravidez

A adoração dos britânicos pela família real é algo difícil para um estrangeiro compreender em sua total extensão. E dias como hoje reforçam essa ligação que é absolutamente rara de se encontrar no Ocidente.

Quase todos os jornais britânicos, sejam tabloides, conservadores, socialistas ou liberais, destacam o primeiro dia de aula do príncipe George, o terceiro na linha sucessória da coroa, filho do príncipe William.

O menino de quatro anos chegou à pré-escola nesta quinta-feira (07) acompanhado apenas pelo pai, já que a mãe, Kate, está sofrendo com fortes enjoos causados pela terceira gravidez, aos 35 anos de idade.

A pré-escola de George é particular. Custa 18 mil libras por ano, ou o equivalente a mais de R$ 6,3 mil por mês. Ele terá aulas de francês, dramaturgia, música e ainda vai desenvolver características como liderança, confiança e humildade. Tudo muito natural, afinal de contas um dia ele será o chefe de estado de uma das nações mais importantes do mundo.

Algumas dezenas de pessoas foram saudar o príncipe no portão da escola. As televisões britânicas exibiram imagens da chegada dele e os comentaristas da família real debatem como a popularidade dos Windsor anda em alta.

Nem mesmo esse absoluto descolamento da realidade, com três filhos numa época em que as famílias mal conseguem sustentar um, ou com pré-escolas que custam quase o mesmo que o salário médio do trabalhador britânico, a relação da família real nunca esteve tão pacificada com seus súditos nas últimas décadas.

O casal Kate e William tem sido crucial para revigorar a imagem desse símbolo nacional que serve de referência paternalista – talvez numa conotação positiva que vai além da compreensão para um não-britânico. Uma referência que em momentos de crise e incertezas, como as trazidas pelo Brexit, por exemplo, ajuda a tranquilizar a população criando um sentimento de que as turbulências uma hora ou outra vão passar.

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