Equipe de reportagem da Jovem Pan é cercada e agredida durante ato da esquerda em SP

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2019 07h18 - Atualizado em 31/05/2019 09h01
  • BlueSky
Jovem Pan Repórter Marcelo Matos e cinegrafista João Pedro Montans foram hostilizados durante manifestação em São Paulo

A equipe de reportagem da Jovem Pan foi agredida nesta quinta-feira (30) durante manifestações contrárias aos alegados cortes na Educação. O repórter Marcelo Mattos e o cinegrafista João Pedro Montans foram cercados por cerca de 20 minutos na zona oeste de São Paulo.

Tudo começou quando um homem xingou a equipe, o que incitou outros manifestantes. As hostilidades ocorreram durante o programa Os Pingos nos Is e foram transmitidas ao vivo.

Durante a fala do repórter, gritos de “canalha” e “fascista”, além de vaias atrapalharam o trabalho do profissional. Em seguida, as pessoas se aproximaram e continuaram xingando e interferindo no trabalho do repórter.

Mesmo com as agressões, a equipe de reportagem não parou de transmitir o que estava acontecendo. Acuados, o repórter Marcelo Mattos e o cinegrafista João Pedro Montans precisaram entrar na estação Oscar Freire do metrô, mas, mesmo assim, as hostilidades continuaram.

Para o repórter Marcelo Mattos, o episódio é um ataque a liberdade de imprensa.

“Esse episódio não é contra a rádio Jovem Pan, contra o Marcelo Mattos ou o João, é contra a imprensa brasileira, contra a democracia do país. A imprensa tem que ter o direito de ir pra rua fazer o seu trabalho, sem ninguém lhe cercar, acusar, xingar, segurar o braço, apertar a orelha, uma agressão física. Como pode uma pessoa que defende a educação me chamar de fascista e ter um comportamento extremamente violento como esse se ela nunca viu na vida?”.

Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão repudiou as hostilidades e intimidações à equipe da rádio Jovem Pan. A ABERT destacou que “a atividade jornalística é fundamental para a sociedade, que tem o direito de ser informada sobre fatos de interesse público.”

A entidade entendeu que “a atitude dos manifestantes demonstra intolerância e total desconhecimento do papel da imprensa”. A ABERT reafirmou a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito do brasileiro à livre informação.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo também repudiou o ato de hostilidade contra Marcelo Mattos e João Pedro Montans. Abraji afirmou que “é inaceitável que jornalistas sejam atacados em pleno exercício da profissão”.

O texto prossegue dizendo que “a discordância a respeito de linhas editoriais, quaisquer que sejam, não pode culminar no comprometimento da segurança de profissionais da imprensa”. A Associação destacou que sem o trabalho jornalístico “nem sequer haveria material com o qual eventualmente discordar”.

Os atos em razão do contingenciamento de recursos para a Educação foram registrados em ao menos 25 estados e no Distrito Federal.

O Ministério da Educação informou, em nota, que nenhuma instituição pública de ensino “tem prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações”. O MEC sustenta que professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.