Estudo da Fiocruz mostra efetividade da vacina da AstraZeneca e da CoronaVac em idosos

Para o imunizante de Oxford, não foi possível avaliar a efetividade com o esquema vacinal completo, já que a segunda dose só é aplicada três meses depois da primeira

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2021 09h37 - Atualizado em 11/07/2021 12h52
EFE/EPA/JUNG YEON-JE / Archivo Vacina de Oxford/AstraZeneca Tanto a vacina da AstraZeneca quanto a CoronaVac garantem taxas de efetividade médias de mais de 70% em idosos

Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que duas doses das vacinas AstraZeneca ou CoronaVac garantem taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos. Considerando-se uma média daqueles que receberam o esquema vacinal completo e aqueles que tomaram apenas a primeira dose, as taxas de efetividade ficam em 73,7% em idosos com até 79 anos e de 63% em pessoas com 80 anos ou mais. O estudo foi feito com base em registros de hospitalização e morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave, o que permitiu avaliar a efetividade em relação à redução de casos graves e óbitos. As duas vacinas têm taxas diferentes. Na CoronaVac, a taxa de efetividade para pessoas com esquema vacinal completo é de 79,6% para pessoas com 60 a 79 anos e de 68,8% em idosos com 80 anos ou mais. Se forem considerados todos os imunizados, aqueles com esquema vacinal completo e os que tomaram apenas a primeira dose, as taxas são de 70,3% em pessoas com 60 a 79 anos e de 62,9% em idosos com 80 anos ou mais, no caso da CoronaVac.

Para a AstraZeneca, no entanto, não foi possível avaliar a efetividade com o esquema vacinal completo, já que a segunda dose só é aplicada três meses depois da primeira. Portanto, a Fiocruz trabalhou com estimativas. A taxa de efetividade da AstraZeneca com aqueles que receberam pelo menos a primeira dose chegou a 81,7% para pessoas com 60 a 79 anos e de 62,8% naqueles com 80 anos ou mais. Em uma nota técnica divulgada, a Fiocruz diz que a efetividade da vacinação continuará a ser avaliada, buscando estimar os dados de efetividade das vacinas com sua utilização no mundo real, no contexto epidemiológico e das variantes circulantes. Nesse sentido, os dados obtidos até o momento refletem principalmente as evidências de proteção vacinal frente à variante gama, preponderante no país neste período. A nota ainda destaca que medidas restritivas e o uso de máscaras podem influenciar no aumento de infecções por Covid-19.

*Com informações da repórter Elisângela Almeida

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