EUA aumentarão presença militar na Europa Central, mas evitam falar em base permanente

Pixabay Na verdade, esse é um desejo do governo de Varsóvia, que se diz preocupado com o avanço da Rússia na região

Os Estados Unidos vão aumentar consideravelmente a presença militar na Europa Central de olho na expansão russa e chinesa na região. A informação foi confirmada pela embaixadora americana na Polônia, Georgette Mosbacher, que não disse se uma base permanente será mesmo criada no país.

Na verdade, esse é um desejo do governo de Varsóvia, que se diz preocupado com o avanço da Rússia na região. Os conservadores nacionalistas poloneses chegaram a oferecer dois bilhões de dólares em incentivos fiscais para os americanos construírem uma base permanente na região.

Atualmente, o país mantém quatro mil soldados em território polonês, número que irá aumentar consideravelmente.

De fato, a Casa Branca demonstra grande preocupação com a expansão da influência de China e Rússia ao redor do mundo. Os americanos têm incentivado o desenvolvimento da chamada Iniciativa dos Três Mares, fórum de 12 países que fizeram parte da União Soviética, além da Áustria, e que tentam conter a influência russa na região.

Ao mesmo tempo, os americanos buscam frear a expansão tecnológica da China, que tem forte presença na Europa por meio da gigante de telecomunicações Huawei. Os Estados Unidos ameaçam cortar as colaborações com países do leste e centro europeus que utilizam tecnologia da empresa chinesa.

A justificativa dos americanos é de que a Huawei serviria como porta dos fundos para espionagem do serviço secreto de Pequim.

Porém, é fato que a China tem hoje expansão tecnológica bastante agressiva deixando os Estados Unidos consideravelmente para trás em diversos setores, sobretudo na implantação da rede 5G, que já é realidade no país asiático e ainda nem começou a ser implantada nas cidades americanas.

Por tudo isso, é seguro dizer que se os Estados Unidos vão investir mesmo na construção de uma nova base militar permanente no exterior em breve, o mais provável é que seja na Europa, ainda que exista a conversa de fazer algo parecido no Brasil.