EUA e Reino Unido acusam Rússia de financiar ataques de hackers em sistemas públicos e privados

Flickr/powtac Segundo o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, o FBI e a Casa Branca, o Kremlin está financiando diretamente ataques de hackers

Estados Unidos e Rússia ainda parecem distantes de um conflito de fato envolvendo os dois países. Mas no campo retórico os sinais de uma nova edição da guerra fria são evidentes.

Nesta segunda-feira, os governos americano e britânico concederam uma entrevista coletiva para acusar diretamente a Rússia de promover ataques na internet.

Segundo o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, o FBI e a Casa Branca, o Kremlin está financiando diretamente ataques de hackers a diversas estruturas da internet, incluindo sistemas públicos e privados ao redor do mundo.

O objetivo seria preparar uma grande ofensiva para comprometer a rede mundial e desestabilizar os países do Ocidente.

Essa é só mais uma acusação grave que americanos e britânicos fazem contra o governo russo, enquanto a situação da Síria segue gerando debates políticos acalorados.

A equipe de inspetores internacionais que foi até o país verificar a utilização de armas químicas em Douma ainda não conseguiu sair de Damasco – o governo de Moscou disse que eles serão levados até a área do ataque amanhã.

A Rússia está sendo acusada de manipular as cenas dos supostos crimes cometidos por Bashar Al Assad para evitar que os inspetores encontrem provas da utilização de armas químicas, algo que o Kremlin rechaça fortemente.

E tudo isso está ocorrendo há menos de dois meses para a Copa do Mundo, evento que em última instância está sendo patrocinado por Vladimir Putin para elevar o estado de seu país e promovê-lo mundialmente, como foi durante os Jogos de Inverno em Sochi.

Mas pelo visto nem mesmo o maior torneio esportivo do mundo vai suavizar a imagem do governo russo no ocidente. Será preciso um malabarismo de soft power muito mais sofisticado para isso.