Evento em São Paulo celebra os 100 anos do rádio no Brasil

Celebração reuniu 25 emissoras e artistas consagrados para marcar o centenário

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2022 09h09
Banco de imagens/Pixabay Rádio Evento reuniu emissoras para celebrar o centenário do rádio no Brasil

Na quarta-feira, 23, um grande evento em São Paulo celebrou o centenário do radialismo no Brasil. Nos últimos 100 anos as ondas do rádio embalaram a vida dos brasileiros com novelas, músicas e notícias. Com a chegada da televisão nos anos 50 e da internet no final do século 20, muitos afirmaram que o rádio estava com os dias contados, mas ele se adaptou e se reinventou frente às novas tecnologias. “Mais importante do que olhar para trás é olhar pra frente. O rádio está sempre presente, saiu da sala, foi pro quarto e agora ele é multiplataforma. É companheiro, amizade e prestação de serviço. Rádio tem a capacidade de empatia…e pôde informar, manter as pessoas a salvo e ser um orientador durante a pandemia”, exaltou o presidente da Associação de Rádios de São Paulo, Rodrigo Neves.

A Jovem Pan foi pioneira, 20 anos separam a primeira transmissão radiofônica no Brasil e a criação da emissora. O presidente do grupo, Tutinha Carvalho, relembrou o papel de vanguarda da emissora nessa história: “Como sempre inovadora, a Jovem Pan começou a colocar imagem no rádio e hoje todas as rádios do Brasil fizeram a mesma coisa. Eu tenho muito orgulho que comecei com isso e todo mundo está fazendo a mesma coisa. Eu torço pelo rádio, torço pelos meus concorrentes e quero que o rádio se dê bem. O rádio nunca vai morrer e está mais vivo do que sempre e faz uma interação muito grande com a internet”.

O diretor-executivo da 89 FM Rádio Rock, Júnior Camargo, concordou com o ineditismo do Grupo Jovem Pan e reiterou a perenidade do rádio. “A gente olha muito o que a Jovem Pan faz e ela é um sinônimo do futuro. Me espelho muito e acho que essa é uma oportunidade do ouvinte consumir a rádio de várias maneiras. A gente até brinca que o rádio vai ser o veículo que vai anunciar o fim do mundo, vamos estar até o final”, declarou.

Em uma noite sem concorrência, 25 emissoras se uniram para celebrar a data comemorativa. Dinho Ouro Preto foi um dos artistas que se apresentaram no evento e ressaltou a importância do radialismo na trajetória do Capital Inicial. “Quando ainda estávamos começando em Brasília o objetivo era chegar até as rádios. E foi um caminho árduo para chegar lá, a gente chegava até as rádios universitárias e lentamente fomos subindo. E hoje as rádios que fazem parte da festa são parceiros do Capital há décadas. A data é de 100 anos da primeira transmissão, o Capital Inicial está completando 40!”.

O cantor Dodô, do grupo Pixote, também agradeceu às rádios por alavancarem sua carreira. “Em 95 foi ‘Brilho de Cristal’ a primeira música a tocar na rádio e depois estes 30 anos de Pixote é só na rádio. O rádio faz parte da nossa história e vai fazer ainda mais. Antigamente você tinha que tocar no rádio para ir para a televisão, então para a gente fez toda a diferença”, relembrou. Vitor Kley, que também foi uma das atrações, se emocionou ao falar sobre o centenário: “Tenho histórias muito bonitas. Um diretor de rádio do Rio Grande do Sul fez até uma brincadeira de tanto que eu agitava o bairro, a família e os amigos para pedir para tocar. Ficava enchendo o saco dele. O desejo de estar ali, nada nunca vai superar isso. Quando eu toco no rádio meu olho enche de lágrima de alegria porque é um carimbo de que estamos no caminho certo. Quando a música toca no rádio parece que ela melhora”.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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