Fiocruz alerta para desassistência nos Estados e epidemia de não-vacinados contra Covid-19

Pesquisadores afirmam que a vacinação foi responsável por reduzir pela doença de 4% para 0,4% e alertam para desigualdade na imunização

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2022 10h58
EFE/EPA/JAGADEESH NV Cinco pessoas com roupas de proteção anticontaminação andam por corredor de hospital Número de óbitos hospitalares fora das UTIs, em janeiro deste ano, ficou atrás somente dos meses de maio e abril de 2020

O aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron gerou um quadro de desassistência na maioria dos Estados brasileiros em janeiro. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as taxas de ocupação de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTIs) levaram a um excedente de óbitos alas de internação, tanto por Covid-19 e outras causas, que ficam sem atendimento. O número de óbitos hospitalares fora das UTIs, em janeiro deste ano, ficou atrás somente dos meses de maio e abril de 2020. A Fiocruz aponta ainda para uma epidemia de não-vacinados, que lotam os hospitais e impossibilitam o atendimento de outras doenças. Os pesquisadores afirmam que a vacinação foi responsável por reduzir a letalidade por Covid-19 de 4% para 0,4%. Isso significa que, atualmente, uma pessoa a cada 200 contaminadas vai morrer pela doença. No ano passado, o índice chegou a 4 mortes para cada 100 infecções. A Fiocruz ressaltou que o maior problema é a desigualdade da imunização. Segundo os cientistas, a igualdade evitaria a transmissão do vírus e dificultaria o surgimento de novos variante.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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