Fiocruz alerta para desassistência nos Estados e epidemia de não-vacinados contra Covid-19
Pesquisadores afirmam que a vacinação foi responsável por reduzir pela doença de 4% para 0,4% e alertam para desigualdade na imunização
O aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron gerou um quadro de desassistência na maioria dos Estados brasileiros em janeiro. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as taxas de ocupação de leitos de unidades de tratamento intensivo (UTIs) levaram a um excedente de óbitos alas de internação, tanto por Covid-19 e outras causas, que ficam sem atendimento. O número de óbitos hospitalares fora das UTIs, em janeiro deste ano, ficou atrás somente dos meses de maio e abril de 2020. A Fiocruz aponta ainda para uma epidemia de não-vacinados, que lotam os hospitais e impossibilitam o atendimento de outras doenças. Os pesquisadores afirmam que a vacinação foi responsável por reduzir a letalidade por Covid-19 de 4% para 0,4%. Isso significa que, atualmente, uma pessoa a cada 200 contaminadas vai morrer pela doença. No ano passado, o índice chegou a 4 mortes para cada 100 infecções. A Fiocruz ressaltou que o maior problema é a desigualdade da imunização. Segundo os cientistas, a igualdade evitaria a transmissão do vírus e dificultaria o surgimento de novos variante.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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