Gilmar Mendes defende inelegibilidade de militares na política

Ministro do Supremo argumentou que a atuação de integrantes das Forças Armadas não deve ser instrumentalizada para fins políticos

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2025 10h38
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Gilmar Mendes O ministro alertou sobre os riscos da militarização na administração pública e da politização dos quartéis

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, defendeu a inelegibilidade de funcionários públicos que deixam seus cargos para ingressar na política. Entre os cargos mencionados pelo ministro estão militares, juízes, promotores, delegados e policiais. Mendes argumentou que a atuação desses profissionais não deve ser instrumentalizada para fins políticos, destacando a importância de manter a imparcialidade e a integridade das funções públicas. A declaração foi feita durante uma cerimônia que marcou os dois anos dos atos antidemocráticos em Brasília, um evento que reforçou a necessidade de discutir a relação entre política e instituições públicas.

Gilmar Mendes enfatizou a necessidade de debater o papel dos militares no cenário político brasileiro. Ele afirmou que as Forças Armadas devem ser preservadas como uma instituição fundamental para a defesa da Pátria, sem interferências políticas. O ministro alertou sobre os riscos da militarização na administração pública e da politização dos quartéis, que podem comprometer a neutralidade e a eficácia das Forças Armadas. Apesar de ainda não ser uma realidade, a inelegibilidade para militares é um tema que Mendes acredita merecer atenção e discussão entre as instituições públicas e os três poderes.

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A proposta de inelegibilidade está atualmente em discussão pela bancada da esquerda no Congresso Nacional. Para que a medida se torne efetiva, é necessária a aprovação do Congresso. Segundo o ministro, abrir esse debate é uma forma de buscar justiça e equilíbrio no cenário político, garantindo que as funções públicas não sejam utilizadas como trampolins para carreiras políticas.

Publicado por Luisa Cardoso

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