Governo tem pronto o esquema de transição para o próximo presidente
Na reta final da disputa presidencial, já está tudo pronto em Brasília para a transição de Governo que começa na semana que vem.
A partir da definição do novo presidente, o eleito terá dois dias para indicar a equipe. Serão 50 cargos disponíveis com salários que variam de R$ 2,5 mil a R$ 16,5 mil por mês. A maioria dos cargos tem salários de R$ 10 mil. Cinco assessores receberão o salário mais alto de R$ 16,5 mil e outros 10 receberão R$ 13 mil por mês.
Todos terão direito à passagens aéreas para deslocamento e pedidos de auxílio-moradia serão analisados caso a caso. O novo presidente só recebe salário a partir de janeiro do ano que vem, terá direito à segurança e está sendo estudada a possibilidade dele utilizar aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para deslocamentos.
Se for do interesse do eleito, o Governo estuda ceder também a Granja do Torto em Brasília que já foi utilizada por Lula antes de assumir a Presidência em 2003 e pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011.
O presidente Michel Temer tem cobrado dos ministros que repassem todas as informações sobre ações do Governo, contas, projetos e obras. Vários ministros já declararam apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
O que se comenta nos bastidores é que como a campanha dele já sinalizou inclusive que pode aproveitar alguns integrantes do atual governo, a transição seria mais fácil.
Caso as pesquisas estejam erradas e o novo presidente seja o petista Fernando Hadad, assessores do presidente Temer garantem que também não haverá ruídos e que a transição se dará de forma transparente.
A grande reclamação dentro do Governo é que quando Temer assumiu, encontrou o que eles chamam de terra arrasada. Não houve transição, computadores tiveram seus arquivos apagados, muitos móveis estavam revirados.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que se tornou quase que um porta-voz do presidente garantiu que isso não vai se repetir, independentemente do eleito.
O gabinete de transição vai funcionar no centro Cultural do Banco do Brasil em Brasília. O novo presidente e o vice terão gabinetes privativos no local, com auditórios e salas de reuniões.
Os trabalhos políticos, no entanto, não deverão atrapalhar a programação cultural do espaço.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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