Macron ameaça bombardear Síria se for comprovado uso de armas químicas por Assad

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 14/02/2018 09h48
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EFE/Etienne Laurent Emmanuel Macron passa por galeria dos bustos no Palácio de Versalhes antes de pronunciamento frente a um legislativo desconfortáve Macron disse que essa é uma linha vermelha que, se cruzada, levará a uma reação imediata da França

O presidente francês, Emmanuel Macron, ameaçou nesta terça-feira (13) mais uma vez bombardear a Síria se for confirmado o uso de armas químicas por parte do líder Bashar Al Assad contra sua própria população.

Macron disse que essa é uma linha vermelha que, se cruzada, levará a uma reação imediata da França.

A questão é que esse tipo de “ladainha” já foi cantada anteriormente, por Barack Obama, e mais de cinco anos atrás. O então presidente americano usou exatamente o mesmo termo, o da linha vermelha.

Provas de que armas químicas estão sendo usadas na Síria já apareceram aos montes. Só que atacar Bashar Al Assad não é tão simples quanto fazer discursos retóricos, principalmente porque a Rússia segue como grande fiadora do regime que, ademais, se sustentou no poder e conseguiu conter em grande parte a revolta de diversos grupos de oposição, incluindo os terroristas do Estado Islâmico.

Existem novos relatos de que Assad lançou bombas de cloro no início do ano em cidades que ainda são dominadas por grupos rebeldes.

Mas Macron afirma que o serviço de inteligência francês ainda não encontrou provas definitivas de que armas químicas estejam sendo utilizadas. Se acharem a reação será imediata, diz.

Em muitos sentidos o presidente francês se parece com o atual líder americano. Ele também quer fazer a França grande outra vez e tem uma paixão declarada pelos símbolos militares.

Por isso a ameaça dele pode ser mais que um deslize retórico, como foi de Barack Obama em 2012. Se esse for o caso, a complexa Guerra da Síria pode ficar ainda mais enrolada com a entrada de um novo protagonista em cena.

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