Matarazzo critica alta rotatividade em subprefeituras e diz que ‘acomodação política não é critério ideal’

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2019 08h37 - Atualizado em 11/01/2019 08h39
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Bruna Piva Libanori / Jovem Pan Bruna Piva Libanori / Jovem Pan " Se quer fazer composição, você indica as pessoas, seleciona as pessoas e segue com elas. Eventualmente troca quando não são boas", disse Andrea Matarazzo

Ex-secretário municipal de Subprefeituras durante a gestão de Gilberto Kassab em São Paulo, entre 2006 e 2009, Andrea Matarazzo publicou artigo nesta semana em que critica a alta rotatividade dos nomes das secretarias e das Prefeituras Regionais.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, ele negou que seja uma crítica direta ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas, mas disse que deve se perguntar ao tucano o motivo dessa mudança frequente de nomes nas subprefeituras.

“Temos que perguntar ao prefeito. O que entendi é que é em função de acomodações políticas, que não é critério ideal para cidade como São Paulo. Acomodações políticas você pode fazer independente disso. Se quer fazer composição, você indica as pessoas, seleciona as pessoas e segue com elas. Eventualmente troca quando não são boas”, disse o ex-secretário. “A seleção de pessoas deve ser feita com os mesmos critérios de uma empresa. A administração quando é boa tem que ter continuidade. Pessoas boas devem ser mantidas e as que não funcionam, você troca”, completou.

Ele reiterou, entretanto, que a crítica não é ao governo, mas ao estado em que se encontra a cidade de São Paulo. “A crítica é como cidadão e tenho direito, um prefeito tem que ter exercício da humildade, tem que trabalhar 24h por dia. A política tradicional tem esse aspecto sempre quer ver segunda intenção na crítica”.
Matarazzo lembrou que a alta rotatividade em qualquer organização pode ser complicada. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, um subprefeito chega ao cargo e deve conhecer o local, os problemas, as pessoas e a máquina pública, e isso leva cerca de quatro a cinco meses.

Com a alta rotação, entretanto, “a máquina não consegue andar e obviamente dificulta muitos processos e a resolução de problemas”.

Questionado se seria um resistente à gestão João Doria, Andrea Matarazzo voltou a negar, e disse que o tucano combina mais com o governo estadual que com a Prefeitura. “Doria é o cara que de gestão ele entende. Não era o perfil adequado para a prefeitura, que é atividade com dia a dia muito intenso. Tem que estar dedicado a pequenos problemas. Acho que o Doria como governador tem mostrado ter perfil adequado”, esclareceu.

Confira a entrevista completa com Andrea Matarazzo:

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