Moradores do Jd. Guedala denunciam construção em zona de proteção ambiental

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2017 09h28 - Atualizado em 23/10/2017 11h47
Reprodução Reprodução A área, de 36 mil metros quadrados, fica entre as avenidas Francisco Morato, Roberto Lorenz, Comendador Adibo Ares e Rua João Scaciotti

Moradores do Jardim Guedala denunciam construção de 5 edifícios em Zona Especial de Proteção Ambiental, na Bacia Hidrográfica do Córrego Caxingui.

A área, de 36 mil metros quadrados, fica entre as avenidas Francisco Morato, Roberto Lorenz, Comendador Adibo Ares e Rua João Scaciotti.

No ano passado, a Câmara Municipal de São Paulo votou pela preservação da área verde na zona oeste e criou o Parque Linear Caxingui. Mas a moradora Gisele Zaha afirma a Marcelo Mattos que o ex-prefeito Fernando Haddad revogou a decisão no último dia do mandato: “o Haddad, no último dia de sua gestão aprovou a implementação deste empreendimento. Foi aprovação muito esquisita”.

Nesse final de semana, moradores do Jardim Guedala, Leonor, Butantã, Vila Progredior e Caxingui se manifestaram contra o projeto da empresa Cyrela.

O diretor da Associação de Moradores do Jardim Guedala, Paulo Arbex, explica que a construtora recebeu opções para evitar a destruição da área verde: “São Paulo é selva de pedra, mar de concreto, com raríssimas áreas verdes e os caras querem destruir uma das únicas áreas verdes remanescentes no coração de São Paulo. Por que não pegam um terreno sem restrição?”.

O Ministério Público entrou com ação para impedir o início da obra, mas a juíza Maria Fernanda de Toledo Rodovalho autorizou a construção.

O morador Teodoro Lima afirma que a construtora Cyrela já começou a derrubar a vegetação e destruir o parque na zona oeste de São Paulo: “os planos da construtora estão seguindo adiante. Uma parte da área já foi destruída e estamos lutando para que isso não continue”.

O vereador Gilberto Natalini (PV) entrou com ação na justiça após o aval da juíza da Décima Vara da Fazenda Pública, antes do julgamento do processo.

Com a perda da Zona Especial de Proteção Ambiental, a construtora Cyrela deu início às obras para erguer cinco torres com mais de 20 andares cada.

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