‘Não vamos dar trégua a nenhum bandido, em especial ao PCC’, garante Doria

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2019 09h57 - Atualizado em 04/01/2019 10h25
Bruno Lima/Jovem Pan Facção criminosa terá tratamento de facção criminosa, afirmou João Doria

Assim como o dito pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sobre o tratamento a organizações criminosas, João Doria foi claro ao tratar do tema.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o governador de São Paulo afirmou que “facção criminosa terá tratamento de facção criminosa. Não tem acordo, não tem leniência. Tem ação dura”. O tucano elogiou a proposta apresentada por Witzel de que traficantes devem ser tratados como terroristas: “tem nosso integral apoio”.

“Defendo isolamento completo em presídio federal na região mais deserta, mais dura (…) Estamos absolutamente alinhados com o Governo federal no combate ao crime. Não vamos dar trégua a nenhum bandido, em especial ao PCC”, afirmou.

Doria disse ainda que ações policiais não serão mais anunciadas de modo a surpreender os criminosos e evitar “preparar bandido para ficar em casa”.

Sobre casos frequentes no interior paulista de assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos, Doria ressaltou que serão combatidos com mais inteligência, eficiência e ação e deu o alerta: “os bandidos que se cuidem, porque com o nível de comando que temos na polícia, ela vai agir e prender mais”.

As ações como as da capital também serão realizadas em outras cidades do Estado de São Paulo em conjunto com as guardas municipais e BAEPs (Batalhões de Ações Especiais da Polícia).

“Serão mais 17 batalhões, já temos cinco e até junho serão mias quatro. Cada um com 270 PMs armados, treinados, preparados. É a Rota, com a Rota ninguém brinca”, avisou.

Sistema prisional

Doria defendeu que o Estado esteja em condições de colocar na prisão aquele que comete crimes. “São Paulo é o Estado que mais prende e só não prende mais porque a Justiça libera (…) Vamos ampliar a oferta do sistema penitenciário”, disse.

A intenção do governador é terminar obras de presídios e seguir o modelo que Antonio Anastasia implantou em Ribeirão das Neves. “Cerca de 3,5 mil vagas, três prédios, em modelo dos Estados Unidos. A administração intramuros é feito de forma privada. O sistema prisional de Ribeirão das Neves teve uma fuga, nenhuma rebelião e nenhum celular foi encontrado. Será um sistema que São Paulo gradualmente irá tomar”, finalizou.

Confira a entrevista completa com o governador de SP, João Doria:

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