Pacote anticrime de Moro e reforma da Previdência dividirão atenção no Congresso
O Governo tem o desafio de fazer avançar, ao mesmo, duas pautas prioritárias: o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, e a reforma da Previdência. Ambas devem chegar praticamente juntas ao Congresso: tanto Moro como o ministro da Economia, Paulo Guedes, aguardam apenas a volta do presidente Jair Bolsonaro para que ele assine as propostas.
O receio de parte da base aliada é que uma matéria acabe prejudicando a outra por dividirem as atenções e o capital político do Planalto.
Ambas têm pontos polêmicos que encontram resistência entre parlamentares. Para o deputado João Campos (PRB), é possível que uma das propostas ganhe a preferência dos deputados.
Por um lado, o pacote do ministro Sergio Moro tem um apelo maior entre a sociedade. Porém, o Governo coloca as mudanças na Previdência em primeiro lugar dentre as prioridades. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também disse que no plenário, elas vão ter preferência.
O senador Álvaro Dias (Podemos), por sua vez, acredita que é possível conciliar as duas pautas.
Por ser um projeto de lei, o pacote anticrime precisa de maioria simples para ser aprovado: 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Já a reforma da Previdência, por ser uma emenda à Constituição, requer 308 deputados e 49 senadores.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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