Parte da Europa já retoma atividades, mas França e Reino Unido ainda não flexibilizam regras

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 20/04/2020 08h10 - Atualizado em 20/04/2020 08h18
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EFE/EPA/WU HONG É claro que as máscaras e o distanciamento mínimo vieram para ficar enquanto uma vacina ou tratamento não forem popularizados

A pandemia de coronavírus já deixou quase 100 mil mortos em toda a Europa. Ainda assim, os sinais indicam que o pior já passou.

Qualquer conclusão agora deve ser encarada com extrema cautela, mas uma queda sustentada nas contaminações tem ocorrido em vários lugares — tanto que mais países começam a flexibilizar lentamente as regras de distanciamento social depois de um esforço que já dura semanas.

Na Alemanha, pequenos comércios, livrarias, bicicletarias e revendedores de automóveis estão liberados para retomar as atividades. Já os poloneses vão poder voltar a frequentar parques e reservas florestais a partir desta segunda. Na Noruega as escolas com jardim de infância também serão reabertas e os mercados ao ar livre poderão voltar a funcionar.

Porém é importante ressaltar que estes países não sofreram onda de contaminação tão agressiva quanto Espanha, Itália, França e Inglaterra.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, se pronunciou neste final de semana estendendo mais uma vez a quarentena em seu país. Mesmo que o número de mortes esteja caindo de forma constante por lá, a crise ainda é bastante grave.

O pequeno alívio que a Espanha teve foi a confirmação de que a partir do dia 27 as crianças poderão brincar ao ar livre por tempo determinado. O confinamento mais restrito, que impede a saída de crianças, começou no dia 14 de março e será relaxado na semana que vem.

Enquanto isso, na França, a quarentena vai continuar com suas regras restritas ainda por cerca de três semanas. O mais angustiante no entanto é a declaração dada pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.

Ele disse que a vida do país após 11 de maio, quando a quarentena será flexibilizada, não será exatamente a mesma de antes. Ainda vai demorar muito para que as coisas voltem ao normal e a população precisa aprender a conviver com o vírus, segundo Philippe.

Está claro que as máscaras e o distanciamento mínimo vieram para ficar enquanto uma vacina ou tratamento com comprovação científica não estiverem popularizados.

Por fim, no Reino Unido o primeiro-ministro Boris Johnson segue se recuperando do coronavírus e ainda não retornou ao trabalho. Os próprios ministros de governo reconhecem que não há clima para flexibilizar a quarentena e que o isolamento é uma exigência da própria população, que segue assustada com os efeitos da pandemia.

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