Perícia afirma que farinha do bolo que matou família tinha alta concentração de arsênio
Instituto encontrou 65 gramas do produto em um pacote de farinha de trigo, e a substância tóxica foi detectada no organismo das vítimas
A cidade de Torres, localizada no litoral do Rio Grande do Sul, foi abalada por um trágico incidente envolvendo um bolo envenenado que resultou na morte de três pessoas. A perícia confirmou a presença de uma quantidade alarmante de arsênio na farinha utilizada para fazer o bolo, que também deixou uma idosa e uma criança internadas. O Instituto Geral de Perícias encontrou 65 gramas de arsênio em um pacote de farinha de trigo, e a substância tóxica foi detectada no organismo das vítimas. A polícia está investigando o caso e suspeita que Deisy Moura dos Anjos, nora de Zeli Terezinha dos Anjos, tenha envenenado seis membros de sua própria família. Zeli foi a responsável por preparar o bolo para a celebração de Natal.
A investigação revelou que a desavença entre Deisy e a família já dura 20 anos, o que levanta suspeitas sobre suas motivações. A defesa de Deisy afirma que ela está colaborando com a investigação, enquanto permanece presa temporariamente no presídio estadual feminino de Torres. Dados preliminares extraídos do celular de Deisy indicam que, semanas antes do crime, ela pesquisou na internet mais de 100 vezes sobre arsênio e outros venenos. Este comportamento suspeito está sendo analisado pela polícia, que também decidiu exumar o corpo de Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli, que faleceu em setembro de 2024 por infecção alimentar, para verificar uma possível ligação com o caso atual.
Publicado por Luisa Cardoso
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