Planos de saúde não podem cobrar mais caro de quem não se vacinar contra a Covid-19

Segundo órgão que rege as seguradoras, única diferenciação de preços permitida pela Constituição é a e ‘doenças pré-existentes’

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2021 11h31
EFE/EPA/HOTLI SIMANJUNTAK Crianças com mais de seis anos poderão ser vacinadas com CoronaVAc no Chile Planos de saúde não podem cobrar mais caro de pessoas não vacinadas

Em meio ao avanço da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, questionamentos em relação à possibilidade de planos de saúde cobrarem valores diferenciados de quem decidiu não tomar a vacina têm ganhado força. O superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Marcos Novaes, tranquiliza a população. Segundo ele, o Brasil não permite diferenciação de preços levando em conta a vacinação. A única regra vale para as chamadas “doenças pré-existentes”. Quem descumprir a determinação está sujeito a multa de R$ 50 mil por mês. “Em relação aos planos de saúde, é importante a gente deixar claro que a legislação brasileira não permite a diferenciação de preços conforme a utilização ou não de medicamentos, hábitos de vida ou condição de saúde”, pontuou. Caso a operadora de planos insista na cobrança diferenciada, o segurado deve procurar a Justiça. Segundo o advogado Marcelo Lucas, a medida é inconstitucional e deve ser denunciada. “Se uma cobrança diferenciada vier a ocorrer, o cidadão pode ingressar na Justiça, inclusive pedindo a devolução em dobro, porque trata-se de uma cobrança indevida, e também pleitear danos morais pelo tratamento discriminatório”, analisou.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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