PM do Bope é preso após furtar residência no RJ

Imagens mostram Leandro Silva e outros sete agentes dentro de um imóvel; durante a ação, ele é visto revirando armários e se apropriando de objetos como tênis, perfumes e roupas importadas

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2025 14h03
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Aglomerado de casas das favelas do Complexo do Alemão Caso aconteceu no Complexo do Alemão

Um policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), a tropa de elite da PM do Rio de Janeiro, foi preso após ser flagrado em vídeo furtando pertences de uma residência durante uma operação no Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade. O agente, identificado como Leandro Silva Pereira dos Santos, foi detido por ordem da Justiça Militar.

As imagens, gravadas pela câmera corporal de um dos policiais, mostram Leandro e outros sete agentes dentro de um imóvel. Durante a ação, ele é visto revirando armários e se apropriando de objetos como tênis, perfumes e roupas importadas. Em um dos trechos, o policial comenta com os colegas sobre outros itens de valor, como um videogame e uma caixa de som: “Senhores, eu estou precisando de um PlayStation 5, tá?” e “Pô, se tivesse com a viatura aqui, eu levava essa JBL”.

Acusações e punição

Com base nas evidências, o Ministério Público (MP) denunciou Leandro Silva por uma série de crimes, incluindo violação de domicílio, roubo qualificado, dano simples e constrangimento ilegal.

Somadas, as penas para esses crimes podem chegar a 18 anos de reclusão. Além do processo criminal, o policial também enfrenta uma investigação interna na Polícia Militar. Os outros oito agentes que participaram da operação foram afastados de suas funções.

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Reação do governo

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se pronunciou sobre o caso, afirmando que não haverá tolerância com desvios de conduta, mas que o direito à defesa do policial será garantido. “A gente não tem leniência com o erro”, declarou Castro. Ele ressaltou, no entanto, que um “erro humano pontual” não deve manchar a reputação de uma instituição como o BOPE. “A punição será de acordo com o erro. Um erro mais grave, uma punição grave. Um erro brando, uma punição branda”, concluiu o governador, garantindo que não haverá “passada de mão na cabeça” de quem comete irregularidades.

*Com informações de Rodrigo Viga

 

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