Presidente do Einstein vê alta em internação por Covid-19, mas não confirma 2ª onda

Para Sidney Klajner, ainda é preciso analisar mais dias para falar sobre crescente na média móvel

  • Por Jovem Pan
  • 19/11/2020 09h13 - Atualizado em 19/11/2020 17h27
REUTERS/Stephane Mahe Profissional da saúde Hoje já são 86 pacientes internados com o diagnóstico confirmado, sendo que 30 estão na UTI ou semi UTI

O presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, afirmou que o hospital registrou um aumento no número de internações por Covid-19 da última quinta-feira, 12, pra cá e na solicitação de testes para detectar a doença. De acordo com ele, nos últimos três meses, a média de internações por coronavírus variou entre 50 e 55 leitos. No último fim de semana esse número foi para 68 vagas. Na manhã de quinta, eram 86 pacientes internados com o diagnóstico confirmado, sendo que 30 estavam na UTI ou semi UTI. À tarde, o número subiu para 94 leitos ocupados por pacientes com Covid-19. Desse total, 38 estão na UTI.

Para Sidney, porém, ainda é muito cedo para definir se esse aumento indica uma segunda onda doença. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o presidente do Einstein afirmou que é preciso analisar um pouco mais de dias para falar sobre a média móvel estar em alta. “O que está acontecendo é um abaixamento da guarda, um abandono das medidas de proteção, realização de festas e idas a bares e restaurantes com aglomeração.” Em nota, o Einstein informa que mantém a “disponibilidade de leitos nas unidades clínicas, cirúrgicas e de terapia intensiva para todos os pacientes, independentemente do diagnóstico”.

A instituição ressalta que “os novos números permanecem insuficientes para projetar qualquer evolução da pandemia no Brasil”. “Porém, os dados alertam para a necessidade da manutenção das medidas de prevenção: uso de máscaras em qualquer ambiente, fechado ou ao ar livre, respeitar o distanciamento social sempre, não participar de aglomerações e realizar a higienização das mãos com frequência”, diz nota do Einstein.

Sidney Klajner disse que, apesar disso, não é possível comparar o comportamento do vírus no Brasil com o na Europa porque, por aqui, não existiu pico da doença — mas um achatamento. “Estamos em um platô que nunca foi baixo para dizer que tivemos controle”, avaliou. Por lá, o pico foi alto por conta do controle com o lockdown. Para ele, se essa nova alta for confirmada, a população aprendeu mais ou menos a lidar com ela. “As pessoas aprenderam que, no início da infecção, o médico tem que ser procurado. E que existe preparo para que o paciente seja monitorado em domicílio. Além disso, aprendemos muito sobre o que não precisa ser feito — como um tratamento milagroso”, completou. “No início, devemos focar em medidas de suporte e detecção de piora.”

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