Caso da morte do filho de Geraldo Alckmin tem reviravolta
Investigações conduzidas pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia apontaram que o perito responsável por apurar a causa do acidente de helicóptero que matou o filho mais novo do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin em abril de 2015, no município de Carapicuíba, mentiu em seu laudo.
A nova conclusão é que a queda da aeronave foi provocada por falha material e não por falta de manutenção. Além de Thomaz Alckmin, quatro pessoas morreram na tragédia.
O perito Hélio Ramacciotti, do Instituto de Criminalística, foi denunciado pela promotora Camila Moura por utilizar informações falsas no laudo e teria até copiado trechos do documento da Aeronáutica. Este laudo do IC resultou no indiciamento por homicídio culposo de cinco funcionários da empresa Helipark, dona do hangar de onde o helicóptero partiu. As suspeitas sobre o perito levaram o órgão a refazer a investigação.
Segundo o novo relatório houve problemas em uma manutenção realizada pela Helibrás nas pás da aeronave dois dias antes do acidente. A empresa não teria respeitado o prazo de secagem de uma semana após a pintura do equipamento. O investigador de acidentes aéreos e especialista em segurança de voo, Roberto Peterca indica que pelo que foi apurado o procedimento padrão não foi seguido.
“Um dessas pás que equipavam o helicóptero foi recusada no processo de fabricação e posteriormente aprovada. Há também quanto aos reparos nessas pás, executados por uma oficina que não seguiram os padrões previstos. Isso, na aviação é considerado como peça não certificada. Esse reparo é considerado como um produto de alta complexidade que exige ferramentas especiais e pessoal treinado. O sistema do IC constatou que essa empresa não possuía essas condições”, declarou Peterca.
O perito pode, se condenado, pegar até quatro anos de prisão. A assessoria do ex-governador Geraldo Alckmin informou que ele não vai se pronunciar sobre esta reviravolta no caso.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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