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Semana deve ser decisiva para prorrogação da CPI da Covid-19 por mais 90 dias

Nesta semana, a CPI da Covid-19 deve se aprofundar nas investigações do caso Covaxin, denunciado pelos irmãos Miranda, e o caso Davati — alvo de um suposto pedido de propina pelo ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Nesta terça, a Comissão ouve a diretoria técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. A Precisa foi a intermediária nas negociações pela Covaxin, que teria provocado pressões atípicas para sua aprovação, segundo denuncias de Luís Ricardo Miranda. Na quarta-feira, 14, quem depõe é o reverendo Amilton Gomes de Paula, que se reuniu com diretores do Ministério da Saúde para negociar vacinas da AstraZeneca em nome da Davati Medical.

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Na quinta, será a vez do tenente coronel Marcelo Blanco, ex-assessor da pasta, que também teria envolvimento no caso. O depoimento de sexta-feira ainda não está marcado, mas a intenção dos senadores é de que seja com o representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. Ainda nesta semana, há a expectativa da prorrogação das atividades da CPI por mais 90 dias. Para que isso aconteça, basta o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ler em sessão plenária o requerimento feito pelo senador Randolfe Rodrigues e assinado por 34 senadores — sete a mais que o mínimo necessário. Membros do colegiado esperam que a autorização seja dada amanhã. Inicialmente, a CPI encerraria os trabalhos no dia 7 de agosto. Caso a prorrogação seja confirmada, pode ir até novembro. Rodrigo Pacheco admite que não vai criar obstáculos.

“Da minha parte não há nenhuma intenção de prejudicar o trabalho da CPI, tanto que o documento de prorrogação, tendo o critério objetivo, os requisitos de fato determinado e número de assinaturas suficientes, será lido no plenário a tempo de dar soluções de continuidade na CPI. Não é intenção da presidência interromper o trabalho caso tenha condição própria de prorrogação.” A semana também vai definir se a CPI vai ou não funcionar durante o recesso parlamentar que acontece de 17 a 31 de julho. Isso vai depender da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Congresso. Caso a LDO seja deliberada, o recesso acontece e a CPI não pode funcionar. Caso contrário, adota-se o chamado recesso branco e a comissão pode continuar as atividades.

*Com informações do repórter Levy Guimarães 

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