Novas regras de campanha beneficiarão os mais conhecidos, dizem especialistas

Urna Eletrônica

Após o fim das convenções partidárias, candidatos a prefeito e a vereador se preparam para disputas com novidades na lei eleitoral. Entre as mudanças para este ano, estão a proibição das doações de empresas e a redução do tempo de campanha.

A propaganda eleitoral de rádio e de TV será mais curta, porém, com mais inserções na programação normal das emissoras.

Especialistas ouvidos pela Jovem Pan dizem que as novas regras poderão beneficiar candidatos mais conhecidos ou de partidos maiores.

Com a diminuição de recursos para campanhas, a verba do Fundo Partidário terá papel primordial neste ano.

O advogado especialista em Direito Eleitoral, Alberto Luís Rollo, afirmou que o eleitor terá menos tempo para conhecer as propostas dos candidatos. “Se a sociedade entender que isso foi um prejuízo, pode cobrar dos nosso congressistas que aumentem, se não são 45 minutos, não precisa ser 90 minutos, mas vamos falar em 60 minutos. Para que o eleitor tenha chance de escolher bem seus candidatos”, disse.

Rollo adiantou ainda que mais candidatos poderão concorrer com o registro sob júdice neste ano.

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Jairo Nicolau afirmou ao repórter Anderson Costa que o País viverá um cenário fora do comum nessa eleição. “Uma crise política muito acentuada. Uma crise que pegou várias lideranças políticas. A gente não sabe qual vai ser o comportamento do eleitor. Mesmo que não tivesse nenhuma mudança na legislação, já seria uma eleição que a gente ficaria indagando o que poderá acontecer”.

Jairo Nicolau acredita que os candidatos que largarem atrás nas pesquisas terão que adotar novas estratégias para reverter a situação rapidamente.

As campanhas começam em 16 de agosto, enquanto a propaganda eleitoral no rádio e na TV será veiculada a partir do dia 26.