‘Lula é a razão do crescimento e da queda do PT’, diz Augusto

Dentro do partido, mais otimistas confiam que ex-presidente vai voltar ao jogo eleitoral, mas defendem que ele minimize o desgaste e seja candidato à vice de algum ‘poste’, provavelmente Fernando Haddad

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2020 20h04 - Atualizado em 09/10/2020 20h07
EFE/Sebastião Moreira Lula "não conseguirá ser candidato a nada", afirma Augusto

O comitê “Lula Livre” decidiu qual será o mote da próxima campanha: “justiça lenta é injustiça”, pressionando a votação do habeas corpus no qual a defesa do ex-presidente  alega suspeição do ex-juiz Sergio Moro para julgar ações relacionadas a Lula. Dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), segundo a revista Veja, os mais otimistas confiam que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai votar por colocar Lula de volta ao jogo eleitoral. No entanto, defendem que ele minimize o desgaste e seja candidato à vice de algum “poste”, provavelmente Fernando Haddad (PT). Assim, uma eventual derrota ficaria nas costas dele, e não do ex-presidente. Para o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Lula “não conseguirá ser candidato a nada”.

“Vão longe os tempos em que ele elegia postes, virou um problema. Não vai ser candidato a nada porque não vai conseguir, e se conseguisse o próprio partido não conseguiria. O Lula é a maior razão do crescimento e da queda do PT”, disse o comentarista. “Já Haddad é candidato a qualquer coisa que o PT participe, não tem mais ninguém, ele atende com uma sabujice as ordens do Lula. (…) O Lula foi até recentemente o dono, mas virou o problema do PT, e tem que carregar um peso que não suporta”, continuou Augusto.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na tarde desta quarta-feira, 7, devolver ao plenário da Corte a análise de inquéritos e ações penais. Com isso, ações de competência da Corte, como a Lava Jato, deixarão a Segunda Turma (formada pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin) e passarão a ser analisados pelo plenário. A decisão pode ser interpretada como a primeira vitória do novo presidente do STF, ministro Luiz Fux, defensor ferrenho da Operação Lava Jato, e criou divergências sobre o futuro do caso de Lula. Augusto comemorou a decisão: “As manobras da Segunda Turma, o Jardim do Éden, acabaram, [Lula] não vai conseguir”, finalizou.

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