‘Cancelar debates é o interesse de quem não vai bem’, diz Marina Helou, candidata à Prefeitura de SP

Candidata da Rede Sustentabilidade participou do Programa Pânico desta terça-feira, 13, e comentou sobre suas propostas para a cidade

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2020 14h48
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Reprodução/ Instagram @marina.helou Marina Helou Marina Helou é candidata à Prefeitura de São Paulo pela Rede Sustentabilidade

Marina Helou, deputada estadual por São Paulo e candidata à prefeitura na cidade pela Rede Sustentabilidade, participou do programa Pânico nesta terça-feira, 13, e falou sobre as propostas de sua candidatura. Na última pesquisa Datafolha, Marina aparece com 1% das intenções de voto e, mesmo com baixo percentual, criticou a decisão de algumas emissoras de cancelar os debates. Segundo ela, se o candidato não é visto, ele não poderá ser votado. Em seu discurso, ainda cutucou o também candidato Celso Russomanno (Republicanos) pela ausência das discussões. “É profundamente antidemocrático [cancelar o debate]. Só vamos conseguir que outras pessoas ocupem espaços de poder quando puderem nos conhecer, e cancelar debates tem claramente interesses de quem não vai bem em debates. [Russomanno] Derreteu duas vezes depois de debate, e nesse ano não tem?”, questionou. O candidato do Republicanos lidera as pesquisas.

Entre suas propostas, a candidata falou sobre investir em creches e ampliar o Programa Nacional de Alimentação Escolar [PNAE], que leva comida orgânica para as escolas. “Investir na primeira infância é fundamental. Conseguimos avançar na fila das creches, apesar do escândalo de inflação dos números, mas precisamos falar também da qualidade da creche. A escola pública já foi boa e ela pode voltar a ser boa, mas é importante começar investindo na base”, disse. “Esse programa [PNAE] já existe. 30% das merendas é a partir de alimento orgânico de produtores da cidade, que é uma maneira de gerar renda. Colocamos no programa uma meta para aumentar para 50% esses orgânicos”, completou. Para Marina, a igualdade de oportunidades pode melhorar a cidade como um todo. “É injusto que quem nasce em Moema tenha uma expectativa de vida de 80 anos, e quem nasce na Cidade Tiradentes tenha quase 30 anos a menos. É uma diferença de tempo de vida que tira nossa oportunidade de crescer como cidade. Falar de igualdade para as pessoas é falar de uma cidade melhor para todos na parte de saúde e educação.”

Os desafios de ser mulher na política

Marina também explicou os desafios de ser uma mulher no meio da política. Ela recebeu comentários de cunho machista e ‘elogios’ após a participação no Debate da TV Bandeirantes. “Isso acontece nas redes sociais, na Assembléia e na política como um todo. Esse lugar de tentar colocar a mulher não numa visão a partir de suas propostas, das suas ideias, mas de como ela está vestida, de como o cabelo dela está, se passou batom. Colocar nesses lugares é diminuir minhas capacidades de estar na política, e é sistemático, acontece comigo, acontece com a Kamala Harris nos Estados Unidos [candidata de Joe Biden à vice-presidência], acontece com todas as mulheres nesse país, em todas as profissões. Não é um elogio”, afirmou. Perguntada sobre por que as candidaturas femininas são pequenas, apesar do país ter 52% de mulheres, a deputada respondeu. “Ninguém quer votar em mulher porque o sistema quer deixar claro que a política não é um espaço para elas.”

Assista à baixo trechos da entrevista de Marina Helou ao Pânico:

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