PF deflagra Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato, e cumpre mandados no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 23/02/2017 06h57
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Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Polícia Federal - AGBR

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a 38ª fase da Operação Lava Jato, denominada Blackout. Foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, a ação possui como alvo principal a atuação de operadores financeiros identificados como facilitadores na movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes de diretorias da Petrobras. São eles: Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, respectivamente.

São investigados crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro entre outros.

A operação, batizada de Blackout, faz referência ao sobrenome de dois operadores. Diz a PF: “a simbologia do nome tem por objetivo demonstrar a interrupção definitiva  da atuação destes investigados como representantes deste poderoso esquema de corrupção”.

Segundo registros de reuniões ocorridas na Petrobras, Luz está ao lado de Fernando Baiano com o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró.

Com bom relacionamento entre PMDB, PT e PP, Luz criava oportunidades de negócios para empresas nacionais e multinacionais. Em troca, ele recebia comissões, que dividia com parlamentares envolvidos no esquema.

Luz chegou a fechar contrato, segundo as investigações, direto de uma de suas empresas, a Gea Projetos, com a Diretoria de Abastecimento da estatal, que era gerida à época por Paulo Roberto Costa, por R$ 5,2 milhões.

Paulo Roberto Costa alegou que só foi mantido na diretoria durante o segundo mandato do ex-presidente Lula por intermédio de Luz, a pedido do PMDB.

Os dois presos preventivamente serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba quando autorizados pela Justiça.

A 37ª fase da Operação Lava Jato, a Calicute, prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Ele é suspeito de Recber milhões em propina para o fechamento de contratos públicos.

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