Política de bloqueios aumenta a tensão entre israelenses e palestinos

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2015 12h46
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EFE/Alaa Badarneh 9/10 - Manifestante palestino observa

 Provocado pela onda de violência que matou 40 pessoas desde o início de outubro, o governo israelense instalou postos de controle e estabeleceu toque de recolher em uma tentativa de isolar bairros palestinos. Essa política de bloqueios na cidade de Jerusalém tem potencial para aumentar ainda mais a tensão entre os dois povos. A explicação para os atentados foi a restrição da entrada de muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém, o que gerou a ira da Autoridade Palestina.

A advogada brasileira Deborah Srour, que mora em Israel há 12 anos, diz que os terroristas são chamados para um levante antissemita: “O que a gente tem visto ultimamente é o aumento da incitação vinda dos canais de televisão palestinos do senhor Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, conclamando o povo a se levantar, a matar judeus. É uma retórica basicamente antissemita”.

Outro fator que elevou as tensões foi a decisão de Mahmoud Abbas de interromper os diálogos de paz. Segundo o professor de relações internacionais da PUC do Rio de Janeiro, Márcio Scalércio, essas tensões são ampliadas por um problema político: “Qualquer tipo de negociação oficial ente a autoridade palestina e o estado israelense, no sentido de resolver o problema dos territórios ocupados, está paralisada há muitos anos”.

Enquanto isso, medidas polêmicas tomadas por Israel, como a demolição das casas dos autores dos ataques, geraram críticas da comunidade internacional. O chefe do departamento de Relações Internacionais da PUC de São Paulo, Reginaldo Nasser, propõe uma intervenção das Nações Unidas: “Nesse momento, nos territórios, uma medida de bom senso seria o envio de algum tipo de operação de paz. A ONU existe para isso”.

O reforço da segurança em Jerusalém ainda deixou muitos israelenses mal-acostumados com os frequentes toques de recolher. O motivo para tanta preocupação é que, desta vez, atentados aleatórios estão sendo realizados por pessoas que moram em Israel.

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