PT usa saída de Silveira para defender a interrupção do processo de impeachment

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2016 12h11
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Geraldo Magela/Câmara dos Deputados Ministro da Transparência

 O PT quer usar a demissão do ministro da Transparência, Fabiano Silveira, para interromper o processo de impeachment. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) diz que o afastamento de Dilma Rousseff seria defendido por setores do PMDB para acabar com a Lava Jato, e defende a suspensão do processo: “Não tem como ser de outra forma, isso está intimamente ligado ao processo de impeachment. Temos gravações claras de que queriam o afastamento da presidenta Dilma exatamente para que o processo da operação Lava Jato não continuasse”.

Os partidos PT, PCdoB e PDT não constituem um número suficiente para interromper o processo na Comissão processante do impeachment.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz que o PT não pode continuar com esse discurso insistente de golpe: “É um samba de uma nota só que eles estão entoando aqui no plenário. É a mesma tese que não pode ter impeachment porque o Eduardo Cunha fez isso por vingança. Não importa se o Eduardo Cunha fez por vingança ou pelo que for, o que importa é que tem um processo objetivo de crime de responsabilidade que ela cometeu. Não há dúvida nenhuma”.

A saída de Fabiano Silveira, no entendimento dos partidos de oposição, foi lógica, porque não havia condições que ele continuasse no Ministério da Transparência depois que foi gravado orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre depoimentos e a ação contra a Lava Jato.

Informações do correspondente da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade.

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