Rapaz confessa ter envenenado doce consumido por adolescentes em escola

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2016 06h08
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SP - INTOXICAÇÃO/DOCE/ESCOLA - GERAL - Fachada da Escola Estadual Professor Caetano Miele, em Cangaíba, Zona Leste de São Paulo (SP), nesta quarta-feira (28). Seis adolescentes que estudam na escola foram socorridas e levadas para um hospital após comer um doce levado por uma colega, na tarde desta terça-feira (27). A polícia investiga o caso. 28/09/2016 - Foto: ROGERIO CAVALHEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Rogerio Cavalheiro/Estadão Conteúdo Escola Estadual Professor Caetano Miele - AE

Rapaz confessa ter envenenado doce consumido por estudantes que passaram mal em escola pública da Zona Leste de São Paulo. Caíque Vicente, de 21 anos, prestou depoimento ao delegado do 10º Distrito Policial, na Penha, no final da tarde desta quarta-feira (28).

Ele confirmou ter misturado veneno a um pote de creme de chocolate com avelãs entregue à garota que, depois, o distribuiu a amigas na escola. Na terça-feira (27), seis alunas da Escola Estadual Professor Caetano Miele, que fica na região do Cangaíba, foram parar no hospital após consumir o doce trazido por outra estudante.

Todas foram medicadas e permaneceram em observação até a tarde de ontem, quando receberam alta. A garota que levou o pote de creme de avelã para a escola foi a única que não comeu o doce e, em depoimento à Polícia, disse que o ganhou de Caíque, namorado de uma amiga.

Em casa, ela experimentou um pouco, estranhou o sabor e achou que era alérgica. Para não jogar fora, resolveu levar à escola e distribuir às colegas, que comeram boa parte do conteúdo do pote.

Na verdade, Caíque havia sido contratado por Leôncio Fernandes dos Santos para envenenar a adolescente. O motivo: um processo de paternidade que está sendo movido contra ele, como contou a dona de casa Juliana Cristina, mãe da menor.

“Está na Justiça que eu coloquei teste de paternidade para provar que a filha é dele. Mas Deus é justo e com a minha filha não aconteceu nada e tomara que essas crianças estejam bem”, disse.

Inicialmente, Caíque disse que comprou dois potes do chocolate, consumindo um deles com a própria namorada. Em buscas na casa dele, a Polícia encontrou o veneno, e o rapaz acabou confessando o esquema.

Como o período eleitoral não permite prisões que não sejam em flagrante delito, o delegado responsável pelo caso indiciou o rapaz e o liberou.

Leôncio Fernandes dos Santos, suposto pai da menina alvo inicial do envenenamento e mandante do crime, não foi localizado e está foragido.

*Informações do repórter Paulo Edson Fiore

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