Redução do PIB vai empobrecer o brasileiro, diz especialista

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 Em crise histórica, a economia brasileira volta a afundar no terceiro trimestre. Política sem rumo e falta de confiança do país contribuem para afundar a atividade econômica, que encolheu mais 1,7% entre agosto e setembro. Em nove meses, o vermelho sobre a economia é de 3,2%, pior que as expectativas do mercado e, em doze meses, já soma 4,5%.

Inflação alta, crédito difícil, desemprego forte e renda contida explicam a queda na indústria, agricultura, serviços, consumo das famílias e investimentos.

Respondendo a Rodrigo Viga, a economista do IBGE Cláudia Dionísio afirma que a política desarrumada é o fortificante invisível da recessão: “Tantas turbulências, não só políticas mas também econômicas, afetam a atividade, umas mais outras menos”.

Os especialistas estão preocupados com a queda de 15% nos investimentos no terceiro trimestre em relação a igual período de 2014. Falando a Denise Campos de Toledo, a economista Thais Zara atribui tanto vermelho nesse item à crise na Petrobrás e às prisões da Lava Jato: “A retração de investimento da Petrobras e de todo o setor de óleo e gás, e também não podemos esquecer que praticamente todas as empresas envolvidas na Lava Jato paralisaram o investimento, teve um impacto forte”.

Outro economista salienta que tamanha redução do PIB vai empobrecer o brasileiro com queda média de 10% na renda per capita. Claudio Adilson Gonzales explica que o atual Governo promoveu um retrocesso de vinte anos no bem-estar do povo: “Evidentemente, as classes sociais na base da pirâmide de renda, os mais pobres, tem uma queda de renda per capita maior, de uns 10%. É uma volta em 20 anos em termos de bem-estar da população”.

Desde a grande depressão, que se arrastou pela década de 1930, o país não vivia uma crise econômica tão prolongada. Segundo economistas, a expectativa é que o Brasil continue com o PIB em retração no ano que vem.