Relatório final será votado nesta semana e deve recomendar impeachment de Dilma

Dilma Rousseff - EFE

A Comissão especial do Impeachment no Senado deve encerrar os trabalhos nesta semana com a votação do relatório final do senador Antonio Anastasia.

O parlamentar do PSDB mineiro vai apresentar o parecer nesta terça-feira (2) e a expectativa é que ele recomende o afastamento definitivo de Dilma Rousseff.

O documento é resultado da análise de 11 mil documentos, perícias e dos depoimentos de 45 testemunhas desde abril. Sem dar detalhes, Anastasia prometeu apresentar um relatório técnico e robusto para análise da comissão: “com base nas provas foram coletados documentos. Nós iremos elaborar o relatório sobre a pronúncia ou impronúncia da presidente”.

As conclusões do senador tucano deverão ser discutidas na quarta-feira (03), com a votação do parecer prevista para o dia seguinte.

Antes da leitura do relatório, a defesa de Dilma pretende apresentar requerimento para ouvir o procurador Ivan Marques, do Distrito Federal. Marques recomendou o arquivamento de um processo por crime de responsabilidade contra a equipe econômica de Dilma por atrasos ao BNDES.

A senadora petista Gleisi Hoffmann (PT-PR) argumentou que o caso é semelhante à denúncia que motivou a abertura do processo de impeachment: “não é possível o Senado, como órgão julgador, desconhecer o parecer de procurador que não vê crime nesta ação”.

Aliados de Dilma Rousseff também prometem apresentar um relatório alternativo ao do senador Antonio Anastasia, que não deverá ser apreciado.

Após análise na comissão, o texto será votado no plenário do Senado, o que está previsto para o dia 09 de agosto. Se o parecer for aprovado, Dilma vai a julgamento final, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.

Em nota divulgada no sábado, Lewandowski prevê o início do julgamento em 29 de agosto, podendo se estender por uma semana.