Seca volta a atingir Nordeste e deixa 153 cidades em situação de emergência
Seca volta a castigar o Nordeste, destrói a produção de alimentos e deixa centenas de municípios em situação de emergência. O Rio Grande do Norte, por exemplo, vive a pior seca dos últimos cem anos e, somente entre 2012 e 2015, mais de 135 mil cabeças de gado foram perdidas.
No campo, entre 2012 e 2014, a produção de grãos caiu quase 66%. O Ministério da Integração Nacional reconheceu que 153 cidades estão em situação de emergência.
Assim, o Governo Federal pode repassar recursos públicos com mais rapidez e menos burocracia. Mas o secretário do Meio Ambiente e Recursos Humanos do Rio Grande do Norte, Maírton França, afirmou que a crise atrapalha o desenvolvimento de projetos. “Essa crise toda que a gente está vivendo, tem aprofundado a crise hídrica que passa o Nordeste. Esperamos agora autorização para que a gente possa licitar essas obras e iniciar o mais rápido possível”, disse.
Já o presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Vladimir de Souza, apontou soluções para a seca no Nordeste. Falando ao repórter Fernando Martins, o professor da Universidade Federal de Alagoas disse que os problemas são cíclicos e que há necessidade de planejamento.
“Nós temos que ter infraestrutura compatível com demandas regionais. Isso significa que vamos ter que investir em infraestrutura e, na segunda forma de abordagem, melhorar os nosso mecanismos e instrumentos de gestão”, explicou.
Em nota, o Ministério da Integração Nacional garante atuar de forma complementar às ações dos Estados e municípios. A pasta informou ainda que as cidades e Estados são diretamente responsáveis pela execução de projetos, obras e serviços de abastecimento de água.
Sendo assim, Estados e municípios devem apresentar as demandas para análise e atendimento emergencial ou para obras hídricas estruturantes. Uma ação permanente do Governo Federal é a Operação Carro-Pipa, que distribui água potável à população dos Estados nordestinos.
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