Setor imobiliário sinaliza melhora, mesmo com índices ruins no 1º semestre

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2016 08h20
Kelsen Fernandes/ Fotos Públicas São Paulo Prédios em São Paulo

Apesar dos índices pessimistas do primeiro semestre, entidades ligadas ao mercado imobiliário sinalizam melhora para o setor. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de crédito caiu 49,5%.

O Radar Abrainc-Fipe apontou que o mercado passa pelo pior momento desde 2004, quando foi iniciado o levantamento. No entanto, as entidades já enxergam uma possível reversão porque o setor é cíclico e começa a ter sinais de uma leve retomada.

O vice-presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias ressaltou as condições adversas do cenário macroeconômico. Renato Ventura destacou que o setor só voltará a crescer de verdade com o fim das crises política e econômica no País.

“O setor tem uma grade interrelação com a confiança do comprador e dos agentes econômicos. A melhora da economia como um todo é primordal para essa recuperação e a gente começa a ver os primeiros sinais em relação a isso”, disse.

Enquanto isso, a elevação do crédito imobiliário, principalmente, com ações da Caixa Econômica Federal, também ajuda a reaquecer o setor.

Em entrevista ao repórter Fernando Martins, o presidente da Abecip, Gilberto Duarte de Abreu Filho, também comemorou as medidas em vigor: “as construtoras que têm muito estoque e estão altamente endividadas, continuam em agenda de redução de estoque. As construtoras que têm mais saúde financeira, olhando para essa nova demanda, começam a fazer apostas para daqui três ou quatro anos ter novos prédios”.

O momento é favorável ao consumidor por conta da grande oferta e pouca procura, sobretudo de usados. A cota de financiamento da Caixa Econômica para esse tipo de imóvel subiu de 60% para 70% do valor total.

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