Por que o ano começa em 1º de janeiro e qual o motivo da celebração?

É Ano Novo! Momento de comemorar, mas também de refletir sobre o que passou e planejar o futuro; saiba mais sobre a data, que é tradição em boa parte do mundo

  • Por Lívia Zanolini
  • 01/01/2021 17h06 - Atualizado em 01/01/2021 17h13
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EFE / Antonio Lacerda Ao contrário dos anos anteriores, o Réveillon na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, não teve o tradicional espetáculo de fogos de artifício para celebrar a chegada de 2021

Um ano tem 365 dias. 366 em anos bissextos. É o tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do sol. Mas quem determinou que o ano tenha o sol como referência, seja dividido em 12 meses e comece em primeiro de janeiro? Segundo historiadores, foi o imperador romano Júlio César, em 46 a.C., ao implantar o calendário juliano. Alguns estudiosos acreditam que janeiro foi escolhido para ser o primeiro mês do ano por ser uma homenagem a Jano, que, na mitologia romana, é o deus da transição e das mudanças. Mas com a queda do Império Romano, no século 5 d.C., e a consolidação da Igreja Católica, muitos cristãos não queriam que o Ano Novo tivesse ligação com símbolos pagãos. Por isso, algumas regiões adotaram o 25 de março para marcar a passagem de ano, que é quando, segundo os cristãos, o arcanjo Gabriel teria aparecido à Virgem Maria anunciando a vinda de Cristo. Até que, no século 16, o papa Gregório 13 introduziu o calendário gregoriano para corrigir algumas distorções do modelo romano e restabeleceu o Ano Novo em 1º de janeiro, oficializando a data nos países católicos. Na China, por exemplo, que segue o calendário lunar, o Ano Novo é celebrado entre o fim de janeiro e começo de fevereiro.

Mas e a tradição de celebrar a virada de ano? De onde vem? A referência mais atual teria surgido na França. Réveillon, inclusive, é uma palavra de origem francesa que significa renovar, despertar. E a partir do século 19, a tradição se espalhou pelos continentes. No Brasil, os primeiros Réveillons foram realizados no Rio, por iniciativa de Dom Pedro II. Hoje, o espetáculo de fogos de artifício é quase unanimidade nas comemorações mundo afora. Por aqui, a tradição incorporou rituais e superstições. Entre eles, a simpatia de pular sete ondas, com sete pedidos a Iemanjá, e a própria tradição de usar cores brancas na virada como símbolo de paz. Seja de branco, vermelho ou amarelo, o importante mesmo é o sentimento de renovação. Tá Explicado?

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