Trump volta a atacar a imprensa durante entrevista coletiva na Casa Branca
Em uma entrevista coletiva recheadas de ataques à imprensa, Donald Trump nega conexões da sua campanha com a Rússia e defende gestão na Casa Branca.
Foi de longe o momento mais agressivo dos quase 20 dias de presidência do republicano.
A entrevista não estava nos planos do governo. O presidente teve a ideia e começou a lançar ataques contra os repórteres.
Para defender o trabalho que tem feito, afirmou que a imprensa tem sido muito desonesta e disse que estaria fazendo um desserviço ao povo americano se não falasse da desonestidade da imprensa americana.
O presidente descreveu seu governo como uma máquina afinada e criticou a herança deixada por Barack Obama: “eu herdei uma bagunça dentro e fora dos Estados Unidos, enfatizou várias vezes o republicano.
A entrevista coletiva aconteceu em uma semana tensa no governo. Na segunda-feira, o conselheiro de segurança nacional renunciou após um pedido de Trump.
O jornal Washington Post publicou que Michael Flynn se reuniu com o embaixador russo no país antes do republicano tomar posse.
O presidente passou a atacar os vazamentos ilegais e disse que as notícias sobre Flynn eram falsas.
Acuado pelos repórteres, Trump disse, no entanto, que o conteúdo dos vazamentos é verdadeiro.
O presidente então soltou o que a imprensa americana chamou de pérola memorável: “os vazamentos são reais, as notícias é que são falsas”.
O republicano ainda chamou de falsas as reportagens do The New York Times que indicaram que membros da campanha dele tiveram contato com membros da inteligência do governo russo.
Antes da entrevista, Trump nomeou o primeiro hispânico de seu gabinete.
A indicação de Alex Acosta para a secretaria do Trabalho vai substituir a de Andrew Puzder, que desistiu do cargo antes de ser confirmado pelo senado.
Na Alemanha, o secretário de estado americano, Rex Tillerson, teve o primeiro contato com outros governos.
O encarregado das relações internacionais de Trump ouviu críticas em encontro dos chanceleres do G20 e se reuniu com o ministro brasileiro.
Para José Serra, Tillerson pediu que o Brasil coordene os esforços da América do Sul para tentar achar uma saída para a crise na Venezuela.
O americano elogiou o papel desempenhado pelo Itamaraty na mediação dos conflitos entre Nicolás Maduro e a oposição.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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