Pai de Fernanda Lima morre após complicações da Covid-19

A apresentadora escreveu um longo texto em homenagem a Cleomar Lima, que ficou mais de 100 dias internado por causa da doença

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2020 16h54 - Atualizado em 18/07/2020 16h58
Instagram/Reprodução Fernanda Lima e o pai, Cleomar Lima, que morreu de complicações da Covid-19

A apresentadora Fernanda Lima, da TV Globo, anunciou neste sábado, 18, por meio das redes sociais, que o pai dela, o advogado Cleomar Lima, morreu de complicações da Covid-19. No Instagram, Fernanda escreveu um longo texto em homenagem a ele, que travou uma longa batalha contra a doença. Foram mais de 100 dias de internação. No tributo prestado ao pai, a artista relembrou que Cleomar jogava basquete e que, durante o período no hospital, provou que ainda tinha muita garra. “Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo”, lamentou.

“A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também. Espero que tenhas ouvido tudo que falei no teu ouvido. Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu”, acrescentou.

Fernanda prosseguiu, destacando a boa relação que Cleomar tinha com todos da família, inclusive com Rodrigo Hilbert, marido da apresentadora. “Obrigada pelo amor e pela presença intensa que tu dedicou a mim e aos meus irmãos e depois à família que eu construí. Principalmente o carinho que dedicou ao Rodrigo, o Pezão. O amor de vocês era algo para além dessa existência. Foi certamente um encontro de pai e filho. Eu achava lindo ver vocês juntos, as semelhanças e o comportamento bagunceiro dos dois. Teus netos tem orgulho de ti e estão sentindo essa grande perda, mas sabem que tu precisava descansar. Quanto a Maria, tua netinha tão aguardada, ela vai saber direitinho quem tu era. Eu terei muitas histórias pra contar do vovô careca. Ela vai rir muito. Meu grande lamento é vocês terem se visto apenas uma vez desde que ela nasceu”.

Por fim, Fernanda Lima agradeceu às mensagens de apoio que recebeu desde a morte do pai. “Agradeço cada recado que recebi de todos os cantos do Brasil, de pessoas que me conhecem pela televisão e me apoiaram como se fossem da minha família. Obrigada mesmo. Hoje ainda estava escuro quando peguei a estrada para chegar até Porto Alegre. O dia foi amanhecendo e em cada risco de sol, em cada montanha, em cada cerejeira, em cada nuvem ou em cada pedra eu te senti. E assim será… Descansa paizinho”.

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Descansa pai. Paizinho, a primeira foto que escolhi para te homenagear foi essa, pq ela sempre me impressionou pela tua garra nesse salto. Com o tempo eu fui enxergando outras virtudes: a força, a coragem, a determinação, a perseverança e a tua disciplina contida na mesma imagem. Tu foi assim no nosso cotidiano. Nesse jogo de basquete tu tinha 19 anos. Estava na batalha para vencer na vida e sair da pobreza que te acompanhou desde a Lapa no RJ de 1936, quando tu nasceu. Felizmente o basquete te salvou. Te levou pro mundo e finalmente pra Porto Alegre onde tu conheceu a mãe e onde minha história de fato começa. O basquete ficou pra trás e tua luta te levou à faculdade de Contabilidade e depois a de Direito. Acabo de saber por uma tia querida que tu levava a máquina de datilografia para a beira da praia e trabalhava enquanto todos se divertiam. Tudo pra nos dar uma vida com mais conforto. De alguma maneira essa foto me acompanhou e me deu força até o dia de hoje, quando tu resolveu descansar. Ela seguirá me guiando até o meu fim. Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também. Espero que tenhas ouvido tudo que falei no teu ouvido. Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu. Sim, por que a tua felicidade não cabia num sorriso. O seu corpo inteiro vibrava de alegria. Braços pra cima, abertos e balançando de euforia. Sempre. Com todos. [Continua nos comentários]

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