“Invocação do Mal” e “Annabelle” ganham sessão para amantes do terror

  • Por Estadão Conteúdo
  • 08/06/2016 17h31
Reprodução/Instagram Anabelle e "Invocação do Mal" ganham exibição nos cinemas

E que tal falarmos de números? “Invocação do Mal”, e “Annabelle” são os filmes de terror que, em toda a história, mais fizeram sucesso nos cinemas brasileiros. Invocação fez 1,5 milhão de espectadores em 2013 e Annabelle, com 3,6 milhões, foi recordista da Warner em 2014 no Brasil, batendo os blockbusters de Hollywood.

Nenhum dos dois filmes se destaca pela sutileza na abordagem do gênero, o que prova que o público quer mesmo é tomar sustos. Pois então nesta quarta-feira, 8, desbanca a sexta-feira 13 e vira o novo dia do terror. A Warner faz nesta quarta uma maratona de terror e apresenta Invocação do Mal e Annabelle em salas de todo o Brasil como aperitivo para o “Invocação do Mal 2”, que estreia na quinta-feira (09).

Recapitulando: “Invocação do Mal” é aquele filme sobre investigadores de casos sobrenaturais que mal acabam de dar uma palestra e já são chamados para uma ocorrência. Enquanto Patrick Wilson e Vera Farmiga estão relatando casos, Lili Taylor e Ron Livingstone estão trocando de casa.

De cara, a cachorra se recusa a entrar na casa, mas a dupla ignora o aviso e… Tá-tá-tá. Coisas estranhas começam a ocorrer. As filhas começam a ver coisas e a mãe aparece coberta de hematomas. O que fazem Lili e Livingstone? Convocam Vera e Wilson e o casal descobre atividade paranormal – epa, não, esse é outro filme.

Pode-se reclamar que a dupla de roteiristas Chad e Carey Hayes e o diretor James Wan fizeram de “Invocação do Mal”, um compêndio e referências e clichês do gênero. Lá estão cenas copiadas de “O Exorcista” e “Os Pássaros” e tudo aquilo que, pelo visto, você ainda não se cansou de ver – porão secreto, portas e assoalho rangendo, relógio parando, gente voando e (sim!) alguma coisa puxando os pés das pessoas de noite, na cama. “Invocação do Mal” é para quem gosta de esbaldar o tempo sentindo medo no escurinho (seguro?) do cinema. É tudo muito explícito, ao contrário de “Demon”, de Macin Wrona, que ainda está em cartaz no Spcine Olido e é muito mais um terror com cara de arte, baseado na sugestão.

“Annabelle” é pior – ou melhor, depende do olhar de quem vê. A boneca aparece em “Invocação do Mal” e aqui ocupa o centro da trama, infernizando a vida de um casal. Não deixa de ser curioso que o diretor John R. Leonetti tenha optado por fazer com que a maioria das cenas ocorra de dia – a noite é mais propícia ao terror – e também tenha introduzido elementos realistas na história, como a seita tipo Charles Manson.

O filme produzido por James Wan – o novo “Midas do terror”, e ele, você sabe, é o diretor do ótimo “Velozes e Furiosos 7” -, toma elementos emprestados da série “Pânico” e também de “O Bebê de Rosemary”, inclusive ao batizar a personagem como Mia, em homenagem a Mia Farrow.

O mais interessante do filme é que Annabelle não é uma boneca assassina no estilo de Chucky. Seus olhos são sinistros e você, que ainda não viu, pode se preparar. Pelo menos uma cena é, sim, muito assustadora. E o que esses filmes – Invocação, principalmente – mostram é que o medo alimenta o mal. Ou seja, a Warner aposta que, depois de ver esses filmes, o que você vai assistir na quinta-feira (09) ? “Invocação do Mal 2”, é claro.

Assista ao trailer de “Invocação do mal 2”:

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