Segundo dia de desfiles no RJ tem homenagens e mais críticas sociais

  • Por Jovem Pan
  • 13/02/2018 08h43 - Atualizado em 13/02/2018 08h46
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EFE Beija-Flor na segunda noite de desfiles no Rio

Na noite desta segunda-feira (12), seis escolas passaram pela Marquês de Sapucaí e encerraram oficialmente os desfiles do Grupo Especial do carnaval carioca de 2018. Entre homenagens e mais críticas, assim como no primeiro dia da folia, os destaques ficaram com Salgueiro, Portela e Beija-Flor.

A agremiação que iniciou a festa foi a Unidos da Tijuca. Homenageando Miguel Falabella, ela relembrou alguns trabalhos de sucesso do ator, como o clássico Sai de Baixo. Marisa Orth, por sinal, desfilou à frente da bateria vestida como a personagem Magda, esposa de Caco Antibes no humorístico.

Em seguida foi a vez da Portela, que cantou um samba sobre os refugiados, mais especificamente os judeus que se refugiaram em Pernambuco na época da dominação holandesa. No último carro, no entanto, botes de imigrantes fizeram referência também à atual crise humanitária.

A terceira a desfilar foi a União da Ilha do Governador. O enredo, Brasil Bom de Boca, tratou da culinária brasileira e utilizou recursos simples porém inovadores para citar alguns de nossos alimentos. O carro abre-alas, por exemplo, exalava cheiro de café; outro representante do cacau tinha cheiro de chocolate.

Até que o Salgueiro apareceu na Sapucaí para despontar como a escola favorita no segundo dia de desfiles. A agremiação cantou sobre as mulheres negras, relembrando diversas figuras importantes da história. O destaque ficou com o último (e belíssimo) carro que representou Pietá, escultura de Michelangelo, em uma versão negra. Segundo os diretores, foi uma crítica às mães que perdem seus filhos por conta da violência.

Imperatriz Leopoldinense e Beija-Flor vieram em seguida. A escola de Ramos cantou sobre os 200 anos do Museu Nacional, antigo palácio da família real. O samba divertido, junto a uma execução encantadora da bateria, levantou a avenida. A comissão de frente coreografada, no entanto, atrasou o desfile e fez com que outras alas se apressassem em alguns momentos para não comprometer o tempo.

Já a última da noite apresentou um enredo bastante crítico (assim como Mangueira e Tuiuti fizeram no dia anterior) e emocionante. O título – Monstro é Aquele Que Não Sabe Amar; Os Filhos Abandonados Da Pátria Que os Pariu – pareceu um tanto confuso no início. Ao representar a desigualdade social e a falta de empatia pelos mais necessitados, no entanto, fez diversos espectadores chorarem. A corrupção, a violência e a intolerância também foram cantadas. Problemas de acabamentos em algumas fantasias e alegorias, porém, podem fazer com que a escola perca pontos na contagem.

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