Usuários

Os usuários dos patinetes elétricos se preocupam com as mudanças que o decreto pode causar no seu dia a dia. Embora reconheçam a importância da segurança, eles acreditam que a solução seria a ampliação e o aumento das ciclovias.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Grow, para 51% dos usuários mais ciclovias e ciclorrotas no trajeto são o 1º ou 2º itens mais relevantes para a segurança, seguido de calçadas amplas e planas, que corresponde a 50%.

Disponibilidade de capacete é o 1º ou 2º itens para 38%; mais respeito dos motoristas para 32% e velocidades mais baixa dos veículos para 29%.

O Head de Inovação da Faber-Castell, Pavlos Dias, abriu mão tanto do carro pessoal quanto empresarial para se locomover com o patinete. Ele vai diariamente ao trabalho de micromodal e relata que a sua qualidade de vida “melhorou muito”. “Eu optei pelo patinete porque é mais rápido e barato do que um carro compartilhado e tem menos esforço físico, ou seja, eu chego tranquilo no trabalho”, explicou.

Segundo ele, embora cuidados como o capacete e andar sempre perto do meio-fio da calçada sejam importantes, o “maior problema em São Paulo é a falta de ciclovias”. “Não são leis específicas para uso de patinetes ou segurança nos patinetes que vão mudar, acho que a cidade tinha que ter uma consciência maior e trabalhar mais rápido no aumento das ciclovias”.

Os entregadores da empresa iFood, Denilson da Silva e Vitor Teixeira, ambos de 19 anos, afirmam que o capacete sempre foi uma exigência da empresa.

Eles acreditam que a proibição de andar nas calçadas e ciclovias será bastante prejudicial, principalmente para a sua segurança. Segundo Vitor, a medida é importante pois “muita gente anda pelas calçadas”, mas com certeza aumentará os acidentes se eles “começarem a andar pelo meio dos carros”.

“As alamedas, por exemplo, são muito perigosas. Se você não andar na calçada, os carros vão te fechando e você pode até cair. Se a gente que é entregador e anda todo o dia corre esse risco, imagina o pessoal que aluga”, reiterou.

De acordo com Denilson, quando tem muita entrega e os pedidos estão atrasados, a calçada acaba sendo a única opção dos profissionais.