COI cobra medidas de segurança em obras no Rio após mortes

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/04/2016 15h58
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RJ - CICLOVIA/INTERDIÇÃO/RJ - CIDADES - LINS0547 - RJ - 24/04/2016 - CICLOVIA/INTERDIÇÃO - METROPOLES OE - Ciclistas e pedestres se arriscam na Av. Niemeyer. A interdição de parte da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, na zona sul do Rio, não conteve ciclistas e pedestres, que na manhã deste domingo, 24, se arriscavam pela pista de carro nos trechos onde não podiam passar por causa do bloqueio, alguns por curiosidade. A reportagem flagrou diversas pessoas caminhando ou andando de bicicleta em trechos estreitos, onde carros e ônibus passam em alta velocidade. Com interdição de ciclovia, pessoas passam por trechos estreitos, junto de veículos de alta velocidade Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO 24/04/2016 - Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO Fabio Motta/Estadão Conteúdo A interdição de parte da ciclovia Tim Maia não conteve ciclistas e pedestres na manhã deste domingo

Uma semana depois de um desastre na ciclovia Tim Maia matar duas pessoas no Rio de Janeiro e dois dias depois de um informe revelar que onze trabalhadores morreram nas obras dos Jogos Olímpicos desde 2013, o Comitê Olímpico Internacional (COI) abandonou seu silêncio. Nesta quarta-feira, a entidade cobrou das autoridades brasileiras que garantias sejam estabelecidas pelos responsáveis pelas obras quando problemas são identificados. 

Em uma nota, a assessoria de comunicação do COI manifestou condolências às famílias e amigos das pessoas afetadas pelos acidentes. “Esperamos que os projetos de construção olímpicas sejam conduzidos em linha com as leis e regulações locais e apoiamos de forma integral o trabalho das autoridades de inspeção, à medida que a cidade é transformada para o futuro”, indicou o COI. 

“Quando problemas são encontrados, esperamos que medidas sejam implementadas por aqueles responsáveis pela construção”, cobrou a entidade com sede em Lausanne e que, nesta sexta-feira, recebe a tocha olímpica.

Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio, entre janeiro de 2013 e março de 2016, as obras de legado para os Jogos causaram a morte de 11 operários, nenhuma delas relacionada a estruturas esportivas – foram três no metrô, duas no entorno do Parque Olímpico, duas em museus e outras quatro em obras de sistema viário.

“É um time de futebol de mortos. Isso tudo causado por falta de planejamento, sem dúvida. É a correria na hora de finalizar”, disse Elaine Castilho, auditora responsável pela fiscalização das obras olímpicas.

Segundo ela, nenhum trabalhador morreu nas obras para a Olimpíada de Londres, em 2012. No total, sua superintendência realizou 260 operações de fiscalização. Mais de 1,6 mil autos de infração foram emitidos e 38 interdições foram declaradas.

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