COI vê progressos no Rio rumo aos Jogos, mas liga alerta para 3 instalações

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 20h09
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Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse nesta quarta-feira ter visto grandes progressos nas obras de preparação do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos do ano que vem, mas alertou sobre a margem estreita para a conclusão de três das instalações esportivas.

“A linha de tempo é estreita para concluir a construção do campo de golfe, do velódromo e do campo para as provas de equitação cross-country”, afirmou a presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos do Rio, a ex-atleta marroquina Nawal el Moutawakel, em entrevista coletiva.

Segundo a dirigente, as três instalações estão com seus cronogramas em dia, mas um atraso ou alguma dificuldade pode comprometer os eventos-teste que terão que ser organizados antes dos Jogos Olímpicos.

“Consideramos que o cronograma será cumprido, mas a linha de tempo é muito apertada e não admite nenhum atraso nessas três instalações”, destacou a marroquina.

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, disse que nenhuma obra ou instalação gera preocupação, que todas serão entregues com tempo suficiente e que a única preocupação do COI é com eventualidades que possam apertar o cronograma.

A ex-atleta revelou que até o próprio presidente do comitê internacional, Thomas Bach se mostrou “muito contente com os avanços”. O dirigente participou de algumas das visitas e permanecerá na capital fluminense nesta semana para liderar uma reunião do Comitê Executivo do organismo.

“Em geral vimos progressos bastantes sólidos”, afirmou a representante do COI quase um ano depois que dirigentes de algumas federações colocassem em dúvida a capacidade do Rio de organizar o evento

As obras do Complexo Esportivo de Deodoro, que eram as que mais preocupavam e onde serão disputadas modalidades como rúgbi, pentatlo moderno, tiro e hóquei, foram licitadas no ano passado e agora estão em dia.

“Visitamos o Parque Olímpico e o Complexo de Deodoro e ficamos muito impressionados com os progressos nas instalações. Tudo está nos trilhos para que os Jogos deixem um grande legado ao Rio de Janeiro”, considerou El Moutawakel.

A dirigente marroquina também destacou o forte apoio ao evento manifestado pela presidente Dilma Rousseff na reunião que a chefe de estado teve com Bach na terça-feira. Contudo, ela advertiu que o Rio tem que se preparar para um período muito intenso de trabalho e de planejamento, que exige a conclusão das obras para poder organizar apenas neste ano 21 eventos em que as instalações serão colocadas a toda prova.

A presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos do Rio afirmou também que as autoridades da cidade novamente se comprometeram com a meta de eliminar antes do evento até 80% das fontes que contaminam a Baía de Guanabara, onde serão realizadas as competições de vela.

“Confiamos no relatório que nos entregaram sobre o avanço das obras para garantir que os atletas disputarão as provas em um ambiente seguro para a saúde. Esperamos que seja alcançada a meta de 80% de descontaminação porque é importante para os atletas e para o legado olímpico”, salientou.

Apesar ao compromisso assumido pelas autoridades estaduais junto ao COI, o próprio governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, admitiu nesta semana que até agora foram concluídas as obras para garantir 49% da descontaminação e que dificilmente os 80% serão alcançados.

El Moutawakel lembrou que os prazos também são muito apertados para algumas das obras de infraestrutura prometidas pelo Rio de Janeiro, como o metrô até a Barra da Tijuca.

Sobre hospedagem, Nuzman recordou que o Rio tinha 18 mil quartos quando foi escolhido para sediar os Jogos e que já conta com 36 mil. Segundo ele, a meta é atingir a marca de 40 mil jogos até o ano que vem.

Nuzman também se referiu à segurança da capital fluminense e disse que o governo apresentou todas as garantias e os planos exigidos. “O Rio de Janeiro não sofre com terrorismo nem extremismos”, destacou. EFE

cm/dr

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