Emoção e silêncio tomam conta da Arena Condá em chegada das vítimas

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 03/12/2016 13h04
Agência EFE Arena Condá recebem velório de vítimas do acidente; veja homenagens

Emoção e lágrimas tomaram conta da Arena Condá neste sábado. A previsão inicial era que os corpos chegassem em Chapecó às 7h, mas isso só ocorreu por volta das 9h35, quando o primeiro avião pousou no aeroporto de Chapecó e pouco depois teve início uma cerimônia para a retirada dos caixões das aeronaves. O presidente Michel Temer recebeu os aviões junto a outras autoridades, mas acabou não entregando a Medalha da Ordem do Mérito Desportivo por causa do atraso na chegada dos corpos. A medalha é um reconhecimento do governo federal e do povo brasileiro pelos serviços prestados ao País.

No estádio, os torcedores aguardavam pela chegada de seus ídolos e, enquanto isso, o telão exibia imagens da retirada dos caixões. A cada corpo que era carregado, todo o estádio aplaudia, sem nada dizer. O silêncio só era rompido pelo barulho da chuva, aplausos e choros, uma cena que se tornou corriqueira na arena neste sábado.

O mascote Índio Condá entrou no gramado durante o ritual e foi saudado pelos torcedores. Por volta das 11h, os dois caminhões com os caixões deixaram a entrada do aeroporto e iniciaram o trajeto até a arena. 

Enquanto aguardavam pelos corpos para dar o último adeus, muitos torcedores na arena rezavam, outros choravam e ainda tinham aqueles que pareciam olhar para o “nada”, como se ainda não tivessem entendido o que aconteceu. 

Era um momento apenas de tristeza. Sem gritos da torcida e demonstração de orgulho pelos jogadores. Apenas a dor. 

O técnico da seleção brasileira, Tite, chegou em um voo fretado. “Eu quero, na medida do possível, amenizar o sofrimento e encorajar as famílias”, disse o treinador. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também foi para a cidade catarinense. Alguns ex-atletas do clube marcaram presença no velório, como por exemplo, os zagueiros Vilson (Corinthians) e Douglas Grolli (Ponte Preta) e o atacante Soares (Madureira). 

No cortejo com os caixões de jogadores e comissão técnica da Chapecoense, a chuva atrapalhou, mas não espantou os moradores da cidade, que aplaudiram, cantaram e choraram com a passagem dos caminhões, que levaram os corpos das vítimas até a Arena Condá.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.